
O início da guerra santa: Deuteronômio 2.26-37
26 Então, mandei mensageiros desde o deserto de Quedemote a Seom, rei de Hesbom, com palavras de paz, dizendo: 27 deixa-me passar pela tua terra; somente pela estrada irei; não me desviarei para a direita nem para a esquerda. 28 A comida que eu coma vender-me-ás por dinheiro e dar-me-ás também por dinheiro a água que beba; tão-somente deixa-me passar a pé, 29 como fizeram comigo os filhos de Esaú, que habitam em Seir, e os moabitas, que habitam em Ar; até que eu passe o Jordão, à terra que o Senhor, nosso Deus, nos dá. 30 Mas Seom, rei de Hesbom, não nos quis deixar passar por sua terra, porquanto o Senhor, teu Deus, endurecera o seu espírito e fizera obstinado o seu coração, para to dar nas mãos, como hoje se vê.
31 Disse-me, pois, o Senhor: Eis aqui, tenho começado a dar-te Seom e a sua terra; passa a desapossá-lo, para lhe ocupares o país.
32 Então, Seom saiu-nos ao encontro, ele e todo o seu povo, à peleja em Jasa. 33 E o Senhor, nosso Deus, no-lo entregou, e o derrotamos, a ele, e a seus filhos, e a todo o seu povo. 34 Naquele tempo, tomamos todas as suas cidades e a cada uma destruímos com os seus homens, mulheres e crianças; não deixamos sobrevivente algum. 35 Somente tomamos, por presa, o gado para nós e o despojo das cidades que tínhamos tomado. 36 Desde Aroer, que está à borda do vale de Arnom, e a cidade que nele está, até Gileade, nenhuma cidade houve alta demais para nós; tudo isto o Senhor, nosso Deus, nos entregou. 37 Somente à terra dos filhos de Amom não chegaste; nem a toda a borda do ribeiro de Jaboque, nem às cidades da região montanhosa, nem a lugar algum que nos proibira o Senhor, nosso Deus. Deuteronômio 2.26-37.
Sermão do Pastor Misael Batista do Nascimento. Pregado na Igreja Presbiteriana de São José do Rio Preto, no culto da noite, em 16/11/2025.
Introdução
A primeira coisa a fazer diante de um texto como este é compreender sua solenidade e complexidade, bem como nossa dependência de Deus para compreendê-lo e acolhê-lo. Eu nunca ouvi um sermão sobre esta passagem e isso é compreensível, porque é maravilhoso como pregador do evangelho destacar a encarnação do amor de Deus em Cristo, ou o conforto do Espírito Santo disponível aos cansados e aflitos, ou a doçura da eterna comunhão com o Senhor, no reino celestial, mas dificilmente um pastor escolheria pregar sobre a devastação de Seom e seu povo. No entanto, ao deixar de expor esta passagem, o pregador deixa de explicar um dos trechos mais importantes do Antigo Testamento, pois, como lemos em uma importante enciclopédia bíblica:
Sua derrota [a derrota de Seom] para Israel sob o comando de Moisés, juntamente com a de Ogue, rei de Basã, é frequentemente mencionada na prosa e poesia do Antigo Testamento em narrativas, parênteses e cânticos (Dt 1.4; 2.26-37; 4.46; 29.7; 31.4; Js 2.10; 9.10; 12.2-6; 13.10-12). Aos olhos dos escritores sagrados, essa dupla derrota é tão significativa que pode ser classificada, juntamente com o êxodo, como uma das manifestações singulares da intervenção salvadora de Deus em favor do seu povo (Sl 135.11; 136.19,20) e como prova do seu amor eterno por eles.[1]
O rei Seom governava sobre uma região boa (bonita e fértil) e vasta. O nome “Seom” significa “guerreiro” e procede de uma raiz que carrega o sentido de “impetuoso”[2] e a terra sob seu domínio fora por ele conquistada recentemente.
Antes da chegada de Israel à Transjordânia, Seom havia conquistado o território de Moabe até o sul do rio Arnom (Nm 21.26). Essa conquista dá origem a um trecho de poesia antiga que foi incorporado às Sagradas Escrituras (v. 27-30). O domínio de Seom se estende do Arnom ao sul até o Jaboque ao norte, tendo o Jordão como sua fronteira ocidental. Inclui também o Vale do Jordão até o Mar de Quinerote (Js 12.2,3), compreendendo parte da região conhecida como Gileade. A leste, estende-se em direção ao deserto e toca a terra dos amonitas.[3]
Números 21.26 resume a conquista de Hesbom por Seom, como segue:
Porque Hesbom era cidade de Seom, rei dos amorreus, que tinha pelejado contra o precedente rei dos moabitas, de cuja mão tomara toda a sua terra até ao Arnom.
A poesia que celebra o poder de Seom ao conquistar Hesbom pode ser conferida em Números 21.27-30:
27 Pelo que dizem os poetas:
Vinde a Hesbom!
Edifique-se,
estabeleça-se a cidade de Seom!
28 Porque fogo saiu de Hesbom,
e chama, da cidade de Seom,
e consumiu a Ar, de Moabe,
e os senhores dos altos do Arnom.
29 Ai de ti, Moabe!
Perdido estás, povo de Quemos;
entregou seus filhos como fugitivos
e suas filhas, como cativas a Seom, rei dos amorreus.
30 Nós os asseteamos;
estão destruídos desde Hesbom até Dibom;
e os assolamos até Nofa e com fogo, até Medeba.
A violência de Seom e seus exércitos é evidente. O poema acima o duplo objetivo de [1] enaltecer Seom e sua força militar e de [2] amedrontar os inimigos — deixá-los avisados: “Não se meta com o rei Seom e com os amorreus”. Olhe novamente para Números 21.29. As meninas de Quemos[4] foram levadas cativas. E ainda, no v. 30, o povo foi “asseteado”, ou seja, morto com flechadas e houve grande destruição e assolação com fogo.
Dito de outro modo, a nova geração de israelitas está diante de “uma nação de colonizadores irremediavelmente impenitentes que [precisam] ser removidos das terras prometidas aos antepassados de Israel (cf. Gn 15.16; Êx 3.8; 13.5; 23.23; 33.2; 34.11)”.[5]
Na passagem que lemos, primeiro [1] Israel pede passagem pacífica pela terra de Seom (v. 26-29). Em seguida, [2] Seom não permite a passagem e ataca Israel (v. 30-32). No fim das contas, [3] Seom é derrotado e os amorreus proscritos (v. 33-37).
É por aqui que começamos…
I. Israel pede passagem pacífica pela terra de Seom
26 Então, mandei mensageiros desde o deserto de Quedemote a Seom, rei de Hesbom, com palavras de paz, dizendo: 27 deixa-me passar pela tua terra; somente pela estrada irei; não me desviarei para a direita nem para a esquerda. 28 A comida que eu coma vender-me-ás por dinheiro e dar-me-ás também por dinheiro a água que beba; tão-somente deixa-me passar a pé, 29 como fizeram comigo os filhos de Esaú, que habitam em Seir, e os moabitas, que habitam em Ar; até que eu passe o Jordão, à terra que o Senhor, nosso Deus, nos dá.
Moisés estabelece uma base em Quedemote, situada “a cerca de 13 quilômetros ao norte do Arnon, na rota entre Dibom e Mataná”.[6] De lá envia emissários a Hesbom, a capital do reino de Seom, localizada “a 32 quilômetros ao norte”.[7] A proposta de Moisés faz lembrar do que lemos no v. 6. Israel passaria em paz pelo território amorreu e pagaria por comida ou bebida que precisasse (v. 27-28). Assim como foi feito nas passagens por Edom e Moabe, o povo de Deus atravessaria em paz a terra dos amorreus e acessaria o rio Jordão (v. 29).
Entendamos que Moisés não estava blefando. Keil e Delitzsch argumentam acertadamente que:
Se Moisés […] enviou mensageiros ao rei Seom com palavras de paz (v. 26 et seq.; cf. Nm 21.21 et seq.), isso foi feito para mostrar ao rei dos amorreus que foi por sua própria culpa que seu reino, suas terras e sua vida foram perdidos. O desejo de atravessar sua terra de maneira pacífica foi expresso com muita seriedade; embora Moisés previsse, em consequência da comunicação divina, que ele rejeitaria sua proposta e enfrentaria Israel com hostilidades.[8]
Por ora, basta saber que o texto inicia com Israel [pedindo] passagem pacífica pela terra de Seom.
A narrativa prossegue para informar, em segundo lugar, que…
II. Seom não permite a passagem e ataca Israel
A negativa aparece no v. 30 como uma afirmação seguida de uma explicação teológica, como segue:
Mas Seom, rei de Hesbom, não nos quis deixar passar por sua terra, porquanto o Senhor, teu Deus, endurecera o seu espírito e fizera obstinado o seu coração, para to dar nas mãos, como hoje se vê.
O coração de Seom se fecha para com Israel, mas Moisés explica que Deus continua no controle.[9] Deus mesmo “endureceu o […] espírito” e fez “obstinado o seu coração”. Este é o modo da Bíblia afirmar que Deus reina amplamente sobre a história e particularmente, sobre nossas disposições internas. A Bíblia de Genebra esclarece que algo semelhante aconteceu com Faraó (Êx 4.21) e conclui que “Deus endureceu Seom para que a sua terra fosse entregue nas mãos de Israel”.[10]
Isso combina com o que lemos no final do v. 30: “para to dar nas mãos, como hoje se vê”.
E isso é reforçado nos v. 31-32:
31 Disse-me, pois, o Senhor: Eis aqui, tenho começado a dar-te Seom e a sua terra; passa a desapossá-lo, para lhe ocupares o país. 32 Então, Seom saiu-nos ao encontro, ele e todo o seu povo, à peleja em Jasa.
Observemos, no v. 31, o verbo “dar” — “tenho começado a dar-te Seom e a sua terra”. reforçando que os reinos e a terra pertencem ao Senhor e que tanto o governo quanto a terra são distribuídos conforme o decreto divino soberano. Nos termos da Bíblia, a terra é tanto posse/propriedade quanto dádiva.
Mas há mais a observar no v. 31, o verbo “desapossar” que reaparece (pois foi visto antes nos v. 12,21,22) e, como explicamos, traduz uma palavra da Bíblia hebraica (yrš) que significa “desapropriar”; “lançar fora”; “expulsar”. Daí “ocupar” (NVI) e “tomar posse” (NAA). Deus promete a terra, mas cabe a Israel ocupá-la. Como lemos no v. 32, “então, Seom saiu-nos ao encontro, ele e todo o seu povo, à peleja em Jasa”, uma localidade próxima 11 quilômetros de Hesbom.[11]
E assim fecha-se a cena. Seom não permite a passagem e ataca Israel.
Isso nos conduz ao trecho mais difícil do texto, pois, em terceiro lugar…
III. Seom é derrotado e os amorreus proscritos
A dificuldade aqui não é exegética ou hermenêutica, nem mesmo doutrinária e sim, primeiramente filosófica e em seguida, histórica e cultural.
Filosoficamente, ateus argumentam que não conseguem admitir uma divindade que implementa uma Guerra Santa. Se tanto o Judaísmo quanto o Cristianismo afirmam o amor e compaixão de Deus, não dá para aceitar a concepção de um juízo divino caindo sobre uma sociedade inteira — sobre uma nação ou império —, tal como consta nas Escrituras judaico-cristãs. Ademais, vivemos depois dos grandes acertos que regularam o convívio entre os Estados-nações, estabelecidos depois da Segunda Guerra. Tais ajustes incluem leis e protocolos sobre como lutar guerras; exigem distinção absoluta e cuidadosa entre as forças militares e a população civil; condenam abusos e criminalizam o genocídio, que é a:
Destruição de um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, […] matar membros seus; causar-lhes grave lesão à integridade física ou mental; submeter o grupo a condições de vida capazes de o destruir fisicamente, no todo ou em parte […].[12]
Ainda que alguns destes acertos históricos sejam questionados, ameaçados e desobedecidos hoje, eles continuam influenciando nossa cultura ocidental.
Para completar, torna-se cada vez mais embaçada a noção de responsabilidade por um delito cometido. Antes nós perguntávamos “qual erro esta pessoa cometeu — ela deve ser responsabilizada por qual delito?” Agora a culpa é liquefeita e compartilhada, pois, quando alguém comete um crime, nós nos perguntamos “onde estamos errando, como sociedade?”.
Finalmente, a ideia de castigo como retribuição de um crime perde força. Passamos a abraçar, cada vez mais, a ideia de punição que visa a recuperação do criminoso, não sua punição. A ordem social não deve se preocupar com punir e sim, recuperar.
Pois bem. O ponto aqui é que tal estado de coisas nos impede de compreender e aceitar a ética teocrática da Guerra Santa, que foi implementada não no Ocidente do século 21 e sim no século XIV a.C., na Idade do Bronze Tardia. Se quisermos ler a Bíblia com os óculos de nossa cultura sem entender o contexto original de cada escrito, nós incorreremos em um erro de interpretação denominado “anacronismo”.[13] Se Deus permitir, entenderemos isso melhor conforme estudarmos Deuteronômio. Agora temos de retornar para o texto (Dt 2.33-37).
Repetindo, nesta passagem vemos Seom sendo derrotado e os amorreus proscritos. O embate que conduz à derrota pode ser conferido no v. 33: “E o Senhor, nosso Deus, no-lo entregou, e o derrotamos, a ele, e a seus filhos, e a todo o seu povo”.
Os termos do v. 33 informam que não se trata de qualquer guerra e sim de Guerra Santa, pois Deus mesmo luta com Israel — “o Senhor, nosso Deus, no-lo entregou”. Esta guerra é assim chamada porque cumpre um propósito do Deus Santo, explicado no sermão anterior, quando mencionamos Gênesis 15.16 e dissemos que Deus está julgando os amorreus porque “a medida da iniquidade” deles chegou ao limite. Desde os tempos de Abraão, 400 anos antes de Moisés, Deus já estava “de olho” nos amorreus registrando seus crimes, sua violência e sua impenitência.
Por conta disso, a partir de agora, a terra e o povo amorreu são colocados sob o ḥērem — que quer dizer proscrição ou aniquilação.[14]
34 Naquele tempo, tomamos todas as suas cidades e a cada uma destruímos com os seus homens, mulheres e crianças; não deixamos sobrevivente algum. 35 Somente tomamos, por presa, o gado para nós e o despojo das cidades que tínhamos tomado. 36 Desde Aroer, que está à borda do vale de Arnom, e a cidade que nele está, até Gileade, nenhuma cidade houve alta demais para nós; tudo isto o Senhor, nosso Deus, nos entregou.
A repetição, no v. 36, de que o próprio Deus entregou as cidades a Israel, reforça a singularidade desta guerra, que é Guerra do Senhor, Guerra Santa. De acordo com Merrill:
Nada é mais essencial para a condução da Guerra Santa do que colocar as terras conquistadas e seus povos sob o ḥērem. Esse substantivo, derivado do verbo ḥāram, “exterminar”, refere-se a uma condição na qual pessoas e coisas se tornaram propriedade pessoal do Senhor em virtude de sua soberania inerente e de sua apropriação delas por conquista. Essas coisas e pessoas podiam ser deixadas vivas e intactas (Lv 27.21,28: Js 6.19) ou ser erradicadas (como aqui; cf. Nm 21.2-3; Js 6.21). Na passagem em questão, parece que as estruturas físicas das cidades em si foram poupadas, apenas as populações foram dizimadas. O texto hebraico favorece esta interpretação: “Colocamos sob proscrição cada cidade de homens, junto com mulheres e crianças; não poupamos um único sobrevivente.”[15]
O v. 37 encerra o relato, informando que foram preservadas as terras dadas por Deus a outras nações, mencionadas pouco antes neste mesmo capítulo:
Somente à terra dos filhos de Amom não chegaste; nem a toda a borda do ribeiro de Jaboque, nem às cidades da região montanhosa, nem a lugar algum que nos proibira o Senhor, nosso Deus.
E é isso que temos aqui. Seom é derrotado e os amorreus proscritos.
Dito isto e considerando a longa digressão neste último ponto, vamos tentar correr para concluir…
Conclusão
Primeiramente lembrando de que, aqui, em Deuteronômio 2.26-37, [1] Israel pede passagem pacífica pela terra de Seom, mas [2] Seom não permite a passagem e ataca Israel. Então [3] Seom é derrotado e os amorreus (dentro dos limites do reino dele) são proscritos.
[1] Isso devia nos ajudar a entender que Deus, que nos promete paz, é também guerreiro. Não é sem razão que o Salmo 118 começa e termina declarando que “a misericórdia de Deus dura para sempre”, mas, avançando no salmo, encontramos Deus conosco em batalhas (destacadas pelo uso de linguagem militar):
8 Melhor é buscar refúgio no Senhor
do que confiar no homem.
9 Melhor é buscar refúgio no Senhor
do que confiar em príncipes.
10 Todas as nações me cercaram,
mas em nome do Senhor as destruí.
11 Cercaram-me, cercaram-me de todos os lados;
mas em nome do Senhor as destruí.
12 Como abelhas me cercaram,
porém como fogo em espinhos foram queimadas;
em nome do Senhor as destruí.
13 Empurraram-me violentamente para me fazer cair,
porém o Senhor me amparou.
Até por conta de uma interpretação errada do Novo Testamento, o Deus da Bíblia é às vezes confundido com um “monge pacifista”, propondo “paz universal e desarmamento das nações”,[16] mas este não é o caso. Ele é o Deus da paz, mas ele não é pacifista.
E na vida do cristão há lutas diversas, em praticamente cada etapa da peregrinação. Aleluia, porque podemos buscar refúgio no Senhor. Aleluia, porque quando nos empurram violentamente, Deus nos ampara. Aleluia porque Deus luta por nós!
[2] O texto nos ajuda a entender que Deus, que é amor, é também santo juiz. Retornando ao Salmo 118, Deus nos corrige e nos chama para uma vista justa (v. 17-21).
17 Não morrerei; antes, viverei
e contarei as obras do Senhor.
18 O Senhor me castigou severamente, mas não me entregou à morte.
19 Abri-me as portas da justiça;
entrarei por elas e renderei graças ao Senhor.
20 Esta é a porta do Senhor;
por ela entrarão os justos.
21 Render-te-ei graças porque me acudiste
e foste a minha salvação.
Vamos corrigir nossa noção de divindade, pois Deus é às vezes confundido com um “senhorzinho condescendente” que não age, muito menos reage, quando ocorrem crimes e transgressões. Deus vê. Deus registra o fato. Deus julga e, no devido tempo, executa sua sentença. Um dia a medida da iniquidade dos amorreu chegou ao limite. Então Deus colocou Seom e seu povo sob ḥērem e lidou com eles com proscrição, ou seja, aniquilação.
Peçamos a Deus que nos conceda arrependimento hoje. Entremos pelas “portas da justiça” hoje, entendendo que Jesus é “a porta”, como lemos em João 10.7-10:
7 Jesus, pois, lhes afirmou de novo: Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas. 8 Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram ouvido. 9 Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem. 10 O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.
Moisés está pregando estas coisas para que a nova geração de israelitas confie unicamente no Senhor. Vamos confiar nele? Vamos abandonar nossos ídolos, nossos pecados e nossa justiça própria e nos devotar apenas a ele?
Que oportunidade nós temos, de ouvir hoje o chamado à conversão. Que bênção é esta, de podermos hoje invocar a Deus, por meio de Jesus Cristo, na dependência do Espírito Santo, e receber dele misericórdia para perdão e purificação! Vamos orar sobre isso.
Notas
[1] ELWELL, W. A.; BEITZEL, B. J. “Sihon [Seom]”. In: ELWELL, Walter A. (Org.). Baker Encyclopedia of the Bible. Grand Rapids, MI: Baker Book House, 1988, v. 1-2, A–Z. Tradução IA Logos software.
[2] STRONG, James. Léxico hebraico, aramaico e grego de Strong. Brasília: Sociedade Bíblica do Brasil, 2002, #05511. Logos software.
[3] ELWELL; BEITZEL, op. cit., loc. cit.
[4] Quemos não é um lugar; trata-se do “deus principal dos moabitas”; cf. ELWELL, W. A.; BEITZEL, B. J. “Chemosh [Quemos]”. In: ELWELL, op. cit. Tradução IA Logos software.
[5] MERRILL, Eugene H. Deuteronômio. São Paulo: Vida Nova, 2025, p. 91 (Comentário exegético).
[6] MERRILL, op. cit., p. 93.
[7] Ibid., loc. cit.
[8] KEIL, C. F.; DELITZSCH, F. Commentary on the Old Testament. Peabody, MA: Hendrickson, 1996, v. 1, p. 864-865.
[9] BÍBLIA DE ESTUDO DE GENEBRA. 3ª ed. [BEG3]. São Paulo: Barueri: Cultura Cristã; Sociedade Bíblica do Brasil, 2023, p. 302.
[10] BEG3, loc. cit.
[11] BEG3, p. 303.
[12] “Genocídio”. In: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio eletrônico 7.0. Curitiba: Editora Positivo, 2009. CD-ROM.
[13] Aos interessados em saber mais sobre essa falha de interpretação, recomendo CARSON, D. A. Perigos da interpretação bíblica. 2ª ed. São Paulo: Vida Nova, 2001.
[14] MERRILL, op. cit., p. 95.
[15] Ibid., p. 95-96.
[16] “Pacifismo”. In: FERREIRA, op. cit., loc. cit.
Recursos adicionais
Arquivos em PDF
Sermão escrito em PDF | Vídeo de pregação do sermão em culto online, no canal IPB Rio Preto
Podcast gerado com IA Notebook LM (15 minutos, para reforço de aprendizado)
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