
Introdução a Deuteronômio: Deus conosco em uma nova terra
1 São estas as palavras que Moisés falou a todo o Israel, dalém do Jordão, no deserto, na Arabá, defronte do mar de Sufe, entre Parã, Tofel, Labã, Hazerote e Di-Zaabe. 2 Jornada de onze dias há desde Horebe, pelo caminho da montanha de Seir, até Cades-Barneia. 3 Sucedeu que, no ano quadragésimo, no primeiro dia do undécimo mês, falou Moisés aos filhos de Israel, segundo tudo o que o Senhor lhe mandara a respeito deles, 4 depois que feriu a Seom, rei dos amorreus, que habitava em Hesbom, e a Ogue, rei de Basã, que habitava em Astarote, em Edrei. 5 Além do Jordão, na terra de Moabe, encarregou-se Moisés de explicar esta lei, dizendo. Deuteronômio 1.1-5.
Sermão do Pastor Misael Batista do Nascimento. Pregado na Igreja Presbiteriana de São José do Rio Preto, no culto matutino do dia 14/09/2025.
Introdução
Andar com Deus todos os dias de nossa vida nesta terra. Começar a andar com Deus aqui e prosseguir com ele até a “Terra Prometida” purificada e redimida, no reino consumado. Este é o chamado de Deus para nós.
Para nos mostrar como fazer isso, Deus nos deu este livro intitulado Deuteronômio.
O título “Deuteronômio” quer dizer “segunda (deutero) lei (nomos)”.[1] Vale a pena conhecer este livro. Na nota de rodapé a seguir eu indico ferramentas que você pode usar para isso (Bíblias de estudo, introduções, comentários, teologias bíblicas e livros sobre como interpretar o texto).[2]
A maior parte do livro foi escrita por Moisés[3] no fim da “era do deserto […] em 1407/1406” a.C.[4] O conteúdo do livro é “Lei proclamada”,[5] ou seja, nos coloca diante das palavras finais de Moisés, voltadas à renovação da aliança e preparação do povo para entrar na Terra Prometida. Moisés prega três sermões. O primeiro é iniciado em 1.6 e concluído em 4.40. O segundo começa em 5.1 e se estende até 28.68. O último vai de 29.1 até 30.20.
O tema central é “o amor pactual entre Deus e o seu povo”.[6] Este tema se desdobra em sete subtemas: [1] a unidade e a centralidade de Deus; [2] a unidade do povo; [3] o nome, a palavra e a imagem de Deus; [4] a guerra santa; [5] a natureza e o espírito fundamental da lei; [6] a importância da decisão: agora e no futuro e [7] A esperança escatológica e uma nova aliança.[7]
A introdução (1.1-5) “segue o padrão clássico das estruturas concêntricas hebraicas:
A Palavras de Moisés (1.1a)
B Lugar: deserto a leste do Jordão (1.1b)
C Informação cronológica: ano quarenta, décimo primeiro mês, dia primeiro (1.3a)
D Moisés fala tudo o que o Senhor lhe ordenou (1.3b)
C′ Informação cronológica: depois de derrotar Seom (1.4)
B′ Lugar: terra de Moabe, a leste do Jordão (1.5a)
A′ Moisés explica a lei (1.5b)”.[8]
Esse arranjo nos ajuda a entender que o tema central da introdução é a palavra — anunciada por Moisés, dada por Deus a Moisés e explicada por Moisés. A ideia-chave é: Precisamos dar ouvidos à Palavra de Deus. Além do tema central, destacam-se as menções a lugar e a tempo — informação cronológica.
A partir disso, propomos três divisões. É preciso ouvir a Palavra de Deus ministrada pelo mediador da aliança. É preciso ouvir a Palavra de Deus ministrada dalém do Jordão. É preciso ouvir a Palavra de Deus ministrada 40 anos após a saída do Egito.[9]
Vamos olhar mais de perto para o primeiro ensino…
I. É preciso ouvir a Palavra de Deus ministrada pelo mediador da aliança
Prestemos atenção nas referências ao ministério da Palavra, dado por Deus a Moisés.
1a São estas as palavras que Moisés falou a todo o Israel […]. 3b […] falou Moisés aos filhos de Israel, segundo tudo o que o Senhor lhe mandara a respeito deles.
5b […] encarregou-se Moisés de explicar esta lei, dizendo.
Deus está falando através de Moisés. Deus firmou uma aliança e Moisés é seu mediador fiel.[10]
Como afirma Benítez:
Moisés se apresenta como profeta e pregador […]. A pregação de Moisés tem uma única descrição: Moisés se dirigiu aos israelitas e lhes transmitiu tudo que o Senhor lhe havia ordenado (1.3). A fonte da palavra é Deus, e o ministério de Moisés é comunicá-la por inteiro ao povo. Esse é o ponto central do preâmbulo e o que Deuteronômio nos irá contar.[11]
Essa função de Profeta Mediador é sublinhada em Oseias 12.13, onde lemos:
Mas o SENHOR, por meio de um profeta, fez subir a Israel do Egito e, por um profeta, foi ele guardado.
E percebamos que a palavra não é endereçada apenas para indivíduos e sim, para “todo o Israel” (v. 1). A aliança estabelece um povo (Êx 19.5-6). Para funcionar como povo de Deus nos termos da aliança, Israel deve prosseguir unido. Essa ideia de unidade do povo da aliança é tão forte que em Deuteronômio a expressão “todo o Israel” não apenas “aparece 14 vezes”,[12] mas é encontrada no primeiro e último versículos do livro (1.1; 34.12). Como sugere um estudioso, a palavra ministrada por Moisés “sumariza o que significará ser Israel”.[13] No passado, como veremos, Israel falhou quando se dividiu. As vitórias futuras exigem o empenho de “todo o Israel” — que o povo de Deus seja UM.
Deus tem uma palavra para os “filhos de Israel”, porque Deus tem um plano ou vontade “a respeito deles” (v. 3b). A maior bênção para o povo consiste em fazer a vontade de Deus revelada em sua Palavra. E o povo será salvo, santificado e consolado por Deus ao entender e acolher a palavra, quer dizer, “esta lei”, tô·rā(h), “instrução”, que será “explicada” (bē·ʾērʹ; “esclarecida tim tim por tim tim”), “declarada” (ARC) ou “exposta” (NVI) pelo emissário autorizado por Deus (v. 5b).
Resumindo, é preciso ouvir a Palavra de Deus ministrada pelo mediador da aliança. Este é o primeiro ensino da introdução de Deuteronômio.
Em segundo lugar, verifiquemos que…
II. É preciso ouvir a Palavra de Deus ministrada dalém do Jordão
Pois o texto contém referências a um lugar.
1b […] dalém do Jordão, no deserto, na Arabá, defronte do mar de Sufe, entre Parã, Tofel, Labã, Hazerote e Di-Zaabe.
5a Além do Jordão, na terra de Moabe […].
Em traduções recentes, lemos “a leste do Jordão” (NAA, NVI). Em algumas Bíblias impressas, você pode tentar localizar o monte Nebo nas proximidades de Rabá ou Sitim. A BEG3 e a BEHR mostram a localização exata deste relato de Deuteronômio no mapa 2. No Google Maps, a localização coincide com a região abaixo da Síria, hoje conhecida como Jordânia.
A ideia aqui é simples: O povo precisa ouvir a Palavra de Deus antes de cruzar o rio Jordão. Antes de entrar na Terra Prometida. “As últimas palavras de Moisés foram proferidas a um povo à beira de entrar na Terra Prometida”.[14] Deus está falando a Israel, antes deles entrarem. Israel deve dar ouvidos; deve prestar atenção. É impossível entrar na Terra Prometida sem cruzar o rio Jordão. E é impossível cruzar o rio Jordão sem dar ouvidos à Palavra de Deus. Os que não escutam e acolhem a Palavra de Deus não entram na Terra Prometida.
É preciso ouvir a Palavra de Deus ministrada dalém do Jordão. Eis o segundo ensino desta introdução de Deuteronômio.
Finalmente, em terceiro lugar…
III. É preciso ouvir a Palavra de Deus ministrada 40 anos após a saída do Egito
Aqui, o texto de Deuteronômio enfatiza referências a tempo — a informação cronológica.
3a Sucedeu que, no ano quadragésimo,
no primeiro dia do undécimo mês […].
4 depois que feriu a Seom, rei dos amorreus, que habitava em Hesbom, e a Ogue, rei de Basã, que habitava em Astarote, em Edrei.
Os v. 3 e 4 situam a fala de Moisés dois anos depois das conquistas na Transjordânia, registradas em Números 21.21-35.[15] O objetivo aqui é contrastar este tempo com o que consta no v. 2:
Jornada de onze dias há desde Horebe, pelo caminho da montanha de Seir, até Cades-Barneia.
O Horebe é outro nome para o Monte ou região do Sinai.[16] Cades-Barneia “marca a fronteira geográfica e política mais meridional de Israel”.[17]
Você está entendendo o que está sendo dito aqui? O tempo de viagem desde o Monte ou região do Sinai, até os limites da Terra Prometida, em Cades-Barneia era de apenas 11 dias.[18] “Uma viagem que deveria ter demorado onze dias levou quarenta anos! Não houve grandes barreiras físicas, apenas espirituais […]”.[19]
Você sabe o que aconteceu em Cades-Barneia, depois de 11 dias de viagem? Em Números 13-14, de Cades-Barneia, Moisés enviou espias para verificar como era a Terra Prometida. Estes demoraram 40 dias em Canaã. Quando voltaram, alguns espias desanimaram o povo, dizendo que era impossível conquistar a terra. O povo se revoltou contra Moisés e Arão, clamando (cf. Nm 14.2): “Tomara tivéssemos morrido na terra do Egito ou mesmo neste deserto!” E ainda, em Números 14.3:
E por que nos traz o SENHOR a esta terra, para cairmos à espada e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não nos seria melhor voltarmos para o Egito?
Dentre os espias, somente Josué e Calebe acreditaram na palavra de Deus (Nm 14.6-10). A ira de Deus se acendeu contra Israel, mas Moisés intercedeu pelo povo (Nm 14.11-19). Então Deus proferiu uma sentença, em Números 14.20-38: Sim, Israel entraria na Terra Prometida, mas somente a nova geração, e com ela, Josué e Calebe. Assim como a jornada dos espias pela terra demorou 40 dias, Israel daria voltas pelo deserto durante 40 anos, até morrer o último israelita incrédulo. Em Números 26, Moisés realiza um censo em Israel, registrando que toda a população incrédula morreu.
Quanto às vitórias sobre Seom e Ogue (Dt 1.4) evidenciam Deus sendo novamente gracioso com Israel, nos anos finais da jornada (nós retornaremos a estas histórias em Dt 2.26—3.11).
Organizando as ideias, Deus está falando a Israel, antes deles entrarem na Terra Prometida. Israel deve dar ouvidos; deve prestar atenção. A incredulidade atrasa as conquistas. A incredulidade destrói a vida. Os incrédulos morrem no deserto. Quem não ouve e crê na Palavra de Deus, não entra na Terra Prometida.
Depois de dar voltas pelo deserto durante 40 anos, a nova geração — o povo de Deus de hoje — precisa ouvir a Palavra de Deus. É preciso ouvir a Palavra de Deus ministrada 40 anos após a saída do Egito. Este é o terceiro ensino de Deuteronômio 1.1-5.
Dito isto, podemos concluir.
Conclusão
Recapitulando, afirmamos que a introdução de Deuteronômio informa que é preciso ouvir a Palavra de Deus [1] ministrada pelo mediador da aliança, proferida [2] dalém do Jordão, [3] 40 anos após a saída do Egito.
Benítez escreve que:
A Palavra de Deus vem a um povo em um contexto e em um tempo específicos. A teologia tem hora e lugar; não ocorre no vazio nem é atemporal. Por isso os cristãos no Novo Testamento não fizeram alusões a cananeus a ser derrotados nem a terras a ser conquistadas. Depois de Cristo, o momento é outro. De igual modo, nós […] devemos interpretar o que significa “cruzar a fronteira” para o nosso tempo, à luz da Palavra de Deus.[20]
Este é o nosso propósito, com esta nova série de sermões, sobre Deuteronômio.
[1] Iniciamos aplicando que, assim como Israel, nós também temos de ouvir a Palavra de Deus ministrada pelo mediador da aliança. Moisés foi o Mediador da aliança antiga. Jesus é o Mediador da aliança nova (cf. Hb 8.6).
Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas.
Aliás, em Deuteronômio 18.15, o próprio Moisés, Mediador da Aliança antiga, aponta para Jesus, Mediador da Nova Aliança, dizendo:
O SENHOR, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás.
Sendo assim, nós precisamos crer em Jesus e ouvir a voz de Jesus na Palavra. Nisso reside nossa esperança, alegria e segurança. E devemos fazer isso individualmente, em nossa família e contribuindo com a unidade do povo da aliança.
[2] Como segunda aplicação, como lemos na BETN, “cruzar o Jordão é um grande momento decisivo na Escritura. É uma passagem para o lugar da bênção prometida”.[21] Mas é impossível atravessar sem fé. É impossível entrar na Terra Prometida descrendo, murmurando, imaginando e esperando pelo pior. Cuidado com o que você pede a Deus! Que Deus nos livre de estarmos entre os que duvidam e só reclamam.
Nós, hoje, nos encontramos em situações análogas. Como igreja, estamos diante de “um lugar espaçoso”, sendo desafiados a investir, edificar e ser bênção na nova terra. Também há vitórias a conquistar, espirituais, vinculadas à nossa santificação, capacitação para o serviço e cumprimento da missão. O quanto mais devemos nos consagrar? E servir mais e melhor? E compartilhar o amor de Deus em Cristo? Para complicar, o inimigo de nossas almas não descansa. E há vitórias a conquistar na vida pessoal, nos estudos, no trabalho, no autocuidado. No cuidado da família. Nas finanças. Nas relações pessoais e profissionais. Para vencer, precisar andar com Deus. Amar a Deus. Depender de Deus. Nutridos pela palavra de Deus antes de cada travessia, antes de cada novo embate.
E assim, atravessaremos, entraremos, venceremos, por fé, nos termos da Palavra, sempre conforme o desígnio soberano de Deus.
[3] Concluo com um apelo para que você se anime em conhecer o livro de Deuteronômio.
Vale a pena conhecer este livro, pois Deuteronômio é o livro do Antigo Testamento mais citado por Jesus. Aliás, nosso Senhor rebateu as três tentações de Satanás, no deserto, citando trechos de Deuteronômio (Mt 4.4,7,10).[22] A BETN até sugere que “esse período de Jesus no deserto foi […] análogo ao tempo de provação de quarenta anos de Israel no AT; mas confiando na palavra de Deus, Jesus triunfou onde Israel falhou”.[23]
Vale a pena conhecer este livro, pois, do ponto de vista teológico, “o livro de Deuteronômio é a expressão mais completa da essência e do caráter de Deus”[24] e prosseguem dizendo que as normas da aliança encontradas neste livro “foram as primeiras a instituir educação e saúde universais para todos os membros de uma nação e a estabelecer o único sistema de bem-estar social dos tempos antigos”.[25] Se isso não bastasse, Deuteronômio é o primeiro livro “a formular o maior mandamento da Escritura: amar a Deus”[26] [Dt 6.4-5; cf. Mt 22.34-40]. Na estrutura do AT, conforme a BETN, “Deuteronômio é o clímax do Pentateuco […] e a introdução aos Livros Históricos, particularmente Josué, Juízes, 1—2Samuel e 1—2Reis). Os Livros Históricos veem o passado de Israel através da lente fornecida pelo livro de Deuteronômio”.[27] Ademais, este livro “fornece a matéria-prima teológica para a interpretação dos profetas posteriores”.[28]
Vale a pena conhecer este livro, pois Deuteronômio é Escritura útil para nos tornar sábios “para a salvação pela fé em Cristo Jesus” e para nos repreender, corrigir, educar na justiça a fim de que sejamos perfeitos e habilitados para “toda boa obra” (2Tm 3.15-17).
Retornando ao início, Deuteronômio nos mostra como começar a andar com Deus aqui e prosseguir com ele até a “Terra Prometida” purificada e redimida, no reino consumado.
Que Deus nos ajude a ouvir sua Palavra hoje. Para que sejamos salvos. Para que não desperdicemos energia, nem tempo. E assim, atravessemos o Jordão e possuamos a Terra prometida.
Recursos adicionais
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Notas
[1] CARSON, D. A. (Org.). Bíblia de estudo Thomas Nelson. [BETN]. São Paulo: Thomas Nelson Brasil, 2021, p. 313; LASOR, William S.; HUBBARD, David A.; BUSH; Frederic W. Introdução ao Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1999, p. 121. Dillard e Longman III explicam que, ironicamente, a palavra Deuteronômio “deriva de um engano da Septuaginta sobre uma frase hebraica em Deuteronômio 17.18, onde o rei é instruído a fazer um ‘traslado desta lei’”; cf. DILLARD, Raymond B.; LONGMAN III, Tremper. Introdução ao Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2006, p. 90. Na Bíblia hebraica o livro é chamado de “São estas as palavras” (’ēlleh hadde ḇārîm), aquilo que consta no início do primeiro parágrafo (1.1); cf. CRAIGIE, P. C. Deuteronômio. São Paulo: Cultura Cristã, 2013, p. 17 (Comentários do Antigo Testamento). Luza sugere o título mais curto, Debarim, “palavras”; cf. LUZA, Nilo. Uma introdução ao Pentateuco. São Paulo: Paulus, 2019, p. 45 (Coleção a Bíblia e o povo).
[2] Bíblias de estudo: [1] BÍBLIA DE ESTUDO DE GENEBRA. 3ª ed. [BEG3]. São Paulo: Barueri: Cultura Cristã; Sociedade Bíblica do Brasil, 2023, p. 295-297; [2] BÍBLIA DE ESTUDO HERANÇA REFORMADA (BEHR). 2ª ed. Barueri; São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil; Cultura Cristã, 2024, p. 241-243; [3] BETN, p. 313-321. Introduções ao Antigo Testamento: [1] LASOR; HUBBARD; BUSH, op. cit., p. 121-138; [2] ARNOLD, Bill T.; BEYER, Bryan E. Descobrindo o Antigo Testamento: uma perspectiva cristã. São Paulo: Cultura Cristã, 2001, p. 141-154; [3] HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, CPAJ. 2ª ed. Rio de Janeiro: 2006, p. 423-535; [4] HILL, Andrew E.; WALTON, J. H. Panorama do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2007, p. 145-182; [5] MOTYER, Alec. O Antigo Testamento: entenda sua mensagem. São Paulo: Shedd Publicações, 2010, p. 57-67; [6] DILLARD; LONGMAN III, op. cit., p. 90-105; [7] MERRIL, Eugene H.; ROOKER, Mark F.; GRISANTI, Michael A. Introdução ao Antigo Testamento: o mundo e a Palavra. São Paulo: Vida Nova, 2025, p. 382-408; dentre as publicações católicas, [8] LUZA, op. cit., p. 45-51. Comentários: [1] CRAIGIE, op. cit., passim; [2] MERRILL, Eugene H. Deuteronômio. São Paulo: Vida Nova, 2025 (Comentário exegético); [3] THOMPSON, J. A. Deuteronômio: Introdução e comentário. Reimp. 2017. São Paulo: Vida Nova, 1982 (Série cultura bíblica); [4] MANLEY, G. T. “Deuteronômio”. In: DAVIDSON, F. (Org.). O novo comentário da Bíblia. Reimp. 1985. São Paulo: Vida Nova, 1963, v. 1, p. 222-255; [5] MCCONVILLE, Gordon. “Deuteronômio”. In: CARSON, D. A.; FRANCE, R. T.; MOTYER, J. A.; WENHAM, G. F. (Org.). Comentário bíblico Vida Nova. São Paulo: Vida Nova, 2009, p. 305-356. Teologias do Antigo Testamento: [1] KAISER JR., Walter C. Kaiser. O plano da promessa de Deus: teologia bíblica do Antigo e Novo Testamentos. São Paulo: Vida Nova, 2011, p. 93-104; [2] HOUSE, Paul R. Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2005, p. 213-248; [3] BRUEGMANN, Walter. Teologia do Antigo Testamento. Santo André; São Paulo: Academia Cristã; Paulus, 2014; [4] WALTKE, Bruce; YU, Charles. Teologia do Antigo Testamento: uma abordagem exegética, canônica e temática. São Paulo: Vida Nova, 2015, p. 539-575. Teologias bíblicas: [1] VAN GRONINGEN. Criação e consumação. 2ª ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2018, p. 181-244; p. 433-467; [2] VAN GRONINGEN, Gerard. Revelação messiânica no Antigo Testamento. 3ª ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2018, p. 181-244; [3] KAISER JR., Walter C. Kaiser. O plano da promessa de Deus: teologia bíblica do Antigo e Novo Testamentos. São Paulo: Vida Nova, 2011, p. 93-104; [4] HOUSE, Paul R. Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2005, p. 213-248; [5] WALTKE, Bruce; YU, Charles. Teologia do Antigo Testamento: uma abordagem exegética, canônica e temática. São Paulo: Vida Nova, 2015, p. 539-575; [5] MARTIN, Oren R. Rumo a Canaã. São Paulo: Cultura Cristã, 2018; [6] BLOCK, Daniel I. O evangelho segundo Moisés. São Paulo: Cultura Cristã, 2017. Interpretação de Deuteronômio: [1] OSBORNE, Grant R. A espiral hermenêutica: uma nova abordagem à interpretação bíblica. São Paulo: Edições Vida Nova, 2009, p. 233-283; [2] VOGT, Peter T. Interpretação do Pentateuco. São Paulo: Cultura Cristã, 2015; [3] KURUVILLA, Abraham. O texto primeiro. São Paulo: Cultura Cristã, 2017; [4] DEROUCHIE, Jason S. Como entender e aplicar o Antigo Testamento. São Paulo: Cultura Cristã, 2023; [5] GOLDSWORTHY, Graeme. Hermenêutica cristã. São Paulo: Cultura Cristã, 2024, p. 84-86. Dentre as leituras católicas, [6] SKA, Jean Louis. Introdução à leitura do Pentateuco: chaves para a interpretação dos cinco primeiros livros da Bíblia. 3ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 2003, p. 54,57,60,62,64 (Coleção bíblica Loyola; 37).
[3] Os trechos atribuídos a um narrador-editor são a introdução (Dt 1.1-5); dois trechos de transição (Dt 4.41—5.1a e 29.1,2a) e a parte final (Dt 31.1—34.12); cf. WALTKE, Bruce; YU, Charles. Teologia do Antigo Testamento: uma abordagem exegética, canônica e temática. São Paulo: Vida Nova, 2015, p. 541. Para Merrill, Rooker e Grisanti, o narrador está presente apenas no capítulo 34; cf. MERRIL; ROOKER; GRISANTI, op. cit., p. 387.
[4] MERRILL, Deuteronômio, p. 2.
[5] WALTKE; YU, op. cit., loc. cit.
[6] BEHR, p. 241.
[7] BETN, p. 315-318.
[8] BENÍTEZ, M. A. “Deuteronômio”. In: PADILLA, C. R. et al. (Org.). Comentário bíblico latino-americano. São Paulo: Mundo Cristão, 2022, p. 214. Logos software.
[9] O pregador lutou muito com estes títulos das divisões, consciente de que não são empolgantes, nem fáceis de memorizar, ou seja, contrariam as regras da preparação de sermões. O fato deles permanecerem informa muito sobre as limitações deste pregador.
[10] BEG3, p. 298; MERRILL, Deuteronômio, p. 44.
[11] BENÍTEZ, op. cit., p. 214.
[12] BEHR, p. 244.
[13] GOLDINGAY, John. Números e Deuteronômio. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2021, p. 148 (Pentateuco para todos). Edição do Kindle.
[14] MARTIN, op. cit., p. 83.
[15] Em Deuteronômio 2.14, lemos que a peregrinação entre Cades-Barneia e até o ribeiro de Zerede demoraram 38 anos. Em dois anos, os israelitas assentaram duas tribos e meia na Transjordânia, depois de vencerem Seom, rei de Hesbom e Ogue, rei de Basã; cf. BEG3, nota “2.12 à terra… que o Senhor lhes tinha dado”, p. 301-302.
[16] BEG3, p. 298, nota “1.6 Horebe”.
[17] RODEN, C. “Cades-Barneia”. In: BARRY, John D. (Org.). Dicionário bíblico Lexham. Bellingham, WA: Lexham Press, 2020. Logos software. De acordo com Roden (op. cit., loc. cit.), “Cades-Barneia e a região circundante desempenharam um papel significativo na vida de Abraão. Ismael nasceu a Hagar e Abraão perto de Cades-Barneia em um local chamado Beer-Laai-Roi (Gn 16.14). Abraão também permaneceu na região do Neguebe e em torno de Cades-Barneia (Gn 20.1).
Israel passou 38 anos peregrinando no deserto na região de Cades-Barneia e ao redor dela (Dt 2.14). Moisés, durante as peregrinações no deserto, enviou doze espiões de Cades-Barneia que então se reportaram a Moisés e ao povo (Nm 13.26; 32.8). A irmã de Moisés, Miriã, morreu e foi enterrada lá (Nm 20.1). De Cades-Barneia, Moisés solicitou permissão, que foi negada, para passar pela terra de Edom (Nm 20.16). Cades-Barneia fica perto do Monte Hor, onde as vestes de Aarão foram colocadas sobre Eleazar e onde Aarão morreu (Nm 20.22–29)”.
[18] De acordo com a BEG3, p. 298, nota “1.2 onze dias”, a jornada dos israelitas foi “de 280 km ou mais. Se a nação inteira chegou em onze dias, o percurso foi completado rapidamente. No entanto, a menção de onze dias pode se referir ao tempo médio em que um viajante percorria essa distância. É possível que o arraial todo, com famílias e animais, tenha levado mais tempo.”
[19] BETN, p. 322.
[20] BENÍTEZ, op. cit., p. 214.
[21] BETN, p. 322.
[22] BETN, p. 313; WALTKE; YU, op. cit., p. 540.
[23] BETN, loc. cit.
[24] WALTKE; YU, op. cit., p. 539.
[25] Ibid., loc. cit.
[26] Ibid., p. 540.
[27] BETN, p. 313.
[28] WALTKE; YU, op. cit., p. 540.