Chamo a atenção de meus leitores para Isaías 3.12: “Os opressores do meu povo são crianças, e mulheres estão à frente do seu governo”. Escrevo tendo sobre minha mesa o exemplar da Folha de hoje, cuja manchete traz “Dilma é eleita: Primeira mulher a ocupar o cargo, petista teve 56% dos votos e será o 40º presidente”.
Submeto-me a Deus, que governa sobre tudo. Oro para que ele nos mantenha fiéis, ajudando-nos a agir e a reagir aos fatos como verdadeiros cristãos. Oro para que os temores ligados à Dilma Vana Rousseff sejam infundados. Oro para que Deus subjugue, no coração de nossa presidente, toda impiedade, e a use como instrumento de sua graça. Agradeço a Deus porque todo o processo eleitoral transcorreu em ordem e paz e suplico para que, daqui há quatro anos, tenhamos ainda a mesma liberdade democrática de escolher nossos representantes no Legislativo e Executivo. Oro para que o Brasil, em sua política externa, não coadune com governos totalitários e opressores, nem com milícias sanguinárias. Oro para que, dentro de nossas fronteiras, haja paz que brote da justiça – não uma falsa placidez decorrente de conluios iníquos, da dominação do banditismo e da subjugação da honestidade e verdade. Oro para que o Estado não se agigante ao ponto de estrangular o empreendedorismo e aqueles que pagam impostos. Oro para que as políticas de educação alterem o atual quadro de premiação da mediocridade, e que a pedagogia do afeto dê lugar à meritocracia acadêmica. Oro para que o brasileiro ame o trabalho – que seja possível um “sonho brasileiro” a partir do estudo e do trabalho, ao invés do assistencialismo, da criminalidade e da exploração da baixeza e vulgaridade. Oro para que a influência do Sr. Lula, ex-presidente do Brasil, diminua mais e mais e, por fim, oro para que os evangélicos de nosso País sejam mais bíblicos e melhores cidadãos, menos focados nos interesses de seus próprios guetos econômico-religiosos.
Perguntaram-me o que acho de ter uma mulher na Presidência da República. Em uma conversa, em um restaurante de Rio Preto, um amigo referiu-se ao texto acima, de Isaías 3.12. Seria a eleição de Dilma uma evidência do juízo de Deus sobre o Brasil? Confesso que preciso mergulhar no texto de Isaías. É preciso verificar se uma exegese cuidadosa permitiria aplicar ao nosso país, de modo literal, a palavra dita a Jerusalém e Judá. Ademais, eu teria de analisar melhor o exercício de poder por parte de Débora, na época dos juízes. Mais: O que dizer da monarquia na Inglaterra e de Margaret Hilda Thatcher, a primeira mulher a ocupar o cargo de primeiro ministro do Reino Unido? No entanto, uma coisa eu posso sugerir: Parece que Deus desorientou Marina Silva, mulher pública, dita cristã e que contribuiu, com sua omissão, para a eleição de Dilma Rousseff.
A nós, cristãos, cabe obedecer às autoridades superiores (Rm 13.1). Temos ainda de orar por elas (1Tm 2.1-3). Mas não apenas isso. Somos discípulos do Senhor Jesus Cristo e, destarte, temos “fome e sede de justiça” (Mt 5.6). Somos comissionados a erguer a voz pública e profeticamente, como agentes dos mandados divinos (Ap 11.3-13).
Um mulher está à testa do governo. Dilma Vana Rousseff, 62, é o 40º presidente do Brasil. Louvado seja Deus, que domina sobre tudo.
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