A necessidade de propósitos

— por

Ainda na trilha de meditação sobre o cristão e os vícios, destacamos a necessidade de propósitos. A palavra “propósito” tem sido muito usada desde a explosão de vendas dos livros Uma igreja com propósitos e Uma vida com propósitos, ambos escritos pelo pastor Rick Warren há mais de uma década. Tais obras descrevem o crescimento da Saddleback Church (https://saddleback.com), igreja sediada na Califórnia, bem como aspectos básicos da vida cristã. O sucesso da abordagem de Warren terminou por promover uma infestação de “propositite” verificável nos títulos de palestras, seminários e livros evangélicos publicados recentemente.

Apesar dos exageros, não nos esqueçamos de que, biblicamente, devemos ser orientados por santos propósitos. Ao perceber que havia chegado o tempo para completar a redenção e subir ao céu, Jesus “manifestou, no semblante, a intrépida resolução de ir para Jerusalém” (Lc 9.51). Os relatos dos Evangelhos demonstram que nada pôde dissuadi-lo (cf. Mt 16.21-23). Ele perseguiu o alvo até o fim, até poder exclamar, do alto do madeiro: “Está consumado!” (Jo 19.30). Jesus foi um homem com propósito.

Como realizamos propósitos? Abaixamos a cabeça e seguimos em frente. Não olhamos para os lados. Tornamo-nos obcecados em nome de Deus, peregrinos da trilha única (Dt 2.27; 5.32; 17.11,20; 28.14). A opção a isso é sermos semelhantes aos peregrinos do Êxodo, ou seja, emaranhados em mil voltas, confusos quais baratas tontas, demorarmos quarenta anos para percorrer a jornada de uma semana.

Falar é mais fácil do que fazer. Sabemos que devemos ser mais objetivos, mais criteriosos quanto aos compromissos assumidos, mais enxutos em nossas agendas, mais focados na vontade de Deus. A dupla dificuldade é, primeiramente, discernir essa vontade e, em segundo lugar, cumpri-la com determinação. Nesse ínterim, somos tentados de todas as formas. O mundo e o diabo espetam nossa carne a fim de alterarmos a direção. Precisamos de sobriedade e vigilância (1Pe 5.8).

No Salmo 143.11 Davi suplica: “Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terreno plano”. Essa é uma boa oração para aqueles que desejam cumprir propósitos para a glória do Senhor.

O estabelecimento de propósitos santos é útil para a vitória sobre os vícios. No entanto, para que tais propósitos sejam realizados, são necessárias tanto ordem, quanto perseverança. Leia mais sobre isso, em um próximo post.

,

Newsletter

Atualizações em seu e-mail.


Respostas

  1. A entrada no reino dos céus – Misael Batista do Nascimento

    […] Estudiosos do comportamento ressaltam que, se queremos experimentar liberdade dos vícios, temos de aprender a assumir boas resoluções ou propósitos. Eles não estão errados quanto a isso, como veremos em um próximo post. […]

  2. Ordem e perseverança – Misael Batista do Nascimento

    […] um post anterior chamei a atenção para o valor dos bons propósitos. Aqui afirmo que estes só podem ser […]

Deixe um comentário