O único amigo infalível

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Há um sentido em que a amizade flui natural e providencialmente e há outro sentido em que ela é trabalhada. Quanto à fluência, afirmei que é Deus quem nos conduz a pessoas com as quais nos identificamos. Nesses termos, a amizade cristã exemplifica aquilo que consta em Cânticos 8.7b: “ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor, seria de todo desprezado”, ou seja, o amor não pode ser forçado, nem comprado. Ele acontece. Ou não.

Nós não podemos forçar ninguém a nos amar, nem devemos exigir que as pessoas desejem ser nossas amigas. Se o amor, configurado em aproximação e posterior amizade não fluir de determinada pessoa para nós, sem “forçação de barra”, leiamos isso como um indicativo de que, nos planos de Deus, não foi determinado que tal indivíduo será nosso “amigo do peito”. E para nossa saúde mental, emocional e espiritual, temos de compreender que está tudo bem.

O imaturo imagina uma vida cheia de amizades, uma casa lotada nos feriados, com gente sorridente em torno de uma churrasqueira, batendo em seu ombro e dizendo o quanto ele — o imaturo — é querido e legal. Mas isso é ilusão; não possui base bíblica. Deus designou, em seu plano perfeito, que algumas pessoas terão muitos amigos, outras terão poucos amigos e algumas caminharão sozinhas, sem sequer um amigo neste mundo. Isso é assim para que entendamos que, em última instância, nosso único amigo infalível é Cristo. Um cântico de nossa coletânea diz assim:

Mais que um amigo tu és, mais do que eu possa expressar,
tu és para mim. Tua graça não me faltará, teu amor me restaurará. Me alegro em ti.[1]

Deus pode, por graça, nos dar amigos, mas Jesus é nosso único amigo infalível. Você consegue se alegrar nisso?


[1]  Cântico 127. “Mais Que Um Amigo”. Caderno de cânticos IPB Rio Preto

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