O novo ano inicia com mudanças no modo como escrevemos; entra em vigor, a partir de 1º de janeiro, o novo acordo ortográfico. Confesso, como leigo e semi-alfabetizado que estava entusiasmado. Podia dizer que chegava aos 43 anos cometendo menos erros na escrita; começava a compreender o tal do hífen e, ao que tudo indica, com esforço, chegaria aos 80 respeitando um pouco mais a gramática. Agora, nada sei.
Não me sinto tranquilo; a ausência do trema deixa-me trêmulo e a retirada de alguns acentos me provocam desconforto; tenho de ficar de pé nesta assembleia de brasileiros inseguros quanto ao como expressar, por escrito, suas ideias. Aliás, este parágrafo sobreviverá ao escrutínio das novas regras?
Desde os tempos em que tinha cabelos, luto com o Português (não o Joaquim, meu colega de futebol, filho do dono da padaria), refiro-me à Língua pátria mesmo. É tempo de sentar e estudar novamente, com a autoestima remexida, mas tendo de aguentar, se possível, com disposição.
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