O dilema do intersexo

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Na edição 185 da revista SUPERINTERESSANTE, um artigo fala do intersexo, o estabelecimento genético de múltiplos padrões sexuais. Estudos de especialistas definem a existência de pelo menos cinco sexos: Masculino, feminino, “herm” (pessoas com formações de testículos e de ovários ao mesmo tempo), “ferm” (pessoas com ovários e alguma expressão da genitália masculina) e o “merm” (indivíduos com testículos e algo da genitália feminina).

Os portadores de intersexo são um em cada 1,5 mil, o que significa que há tantas pessoas com tal morfologia quanto com esclerose múltipla ou cálculo urinário. Na maioria dos casos, elas são submetidas a cirurgias de definição de sexo logo após, ou poucos meses, depois do nascimento. O problema é que cerca de 25% delas, ao se tornarem adultos, rejeitam o sexo que foi “estabelecido pelo médico”. São mulheres que, interiormente, são homens, ou vice-versa.

A igreja é desafiada a articular uma nova ética para tais pessoas, que alojam dentro de si ambiguidades sexuais sem terem optado por isso. Pelo menos pelo que consta na reportagem da SUPERINTESSANTE, a medicina vê tais casos como patologias e se encontra dividida quanto à melhor forma de tratamento. Biblicamente, trata-se de uma situação que foge ao padrão da criação, mas que não pode estar excluída do padrão da redenção.

Como a igreja deve ministrar aos portadores de intersexo? Como deve acolhê-los e discipulá-los? E qual o lugar de tais pessoas no serviço cristão? No próximo post, eu ofereço uma humilde tentativa de responder a estas questões.

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