Carta à igreja de Esmirna: Olhando para Cristo com os pés no chão

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Carta à igreja de Esmirna
(Ap 2.8-11)

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[8] Ao anjo da igreja em Esmirna escreve: estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver: [9] Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás. [10] Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida. [11] Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte.

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A carta à Esmirna é a mais curta das sete cartas. Não encontramos nela nenhuma reprovação ou advertência de juízo. Cristo fala aos esmirnenses com ternura e afetuosidade.

Não sabemos quantas pessoas constavam na lista de membros da igreja em Esmirna. Apesar de Esmirna ser uma cidade portuária de razoável importância no primeiro século,[1] a igreja ali é descrita como sendo “pobre” (v. 9). Pouco mais de 50 anos depois de escrito o livro de Apocalipse, aquela igreja destacou-se no cenário cristão, especialmente por causa de um líder chamado Policarpo. No entanto, é possível que quando João escreveu estas palavras, aquela comunidade fosse pequena. Utilizando os critérios de hoje, talvez considerássemos aquele grupo de crentes como um ponto de pregação, congregação ou “igrejinha”.

Como fizemos anteriormente – quando meditamos na carta à igreja de Éfeso –, olharemos para esta carta respeitando sua estrutura em três partes: Primeiro, o que Cristo diz à igreja de Esmirna – como ele a enxerga e avalia. Segundo, o que nosso Senhor recomenda àquela igreja. Terceiro, que consolação ou promessa ele concede. Veremos que, de certo modo, esta carta de Cristo aos esmirnenses soa estranha aos nossos ouvidos, pelas seguintes razões. Primeiramente, ele revela que…

Jesus conhece nosso sofrimento e o descreve como riqueza

Notemos a realidade e os agentes do sofrimento. O Senhor usa a palavra “tribulação” duas vezes (v. 9, 10). O vocábulo aqui transmite a ideia de “pressão”, “sobrecarga”, “angústia” ou “problema”. Ele fala ainda de “prova” (v. 10), literalmente, “teste”, “exame” ou “escrutínio”. Ele se refere a opositores humanos, a “sinagoga de Satanás” (v. 9), ou seja, os judeus de Esmirna que eram contrários ao estabelecimento da igreja. Há registros da inimizade da comunidade judaica mais de cinquenta anos depois de João ter escrito o livro de Apocalipse. Os judeus acusavam os cristãos de resistir ao Estado e de destruir os “deuses”.[2]

Ele fala sobre o opositor espiritual – “Satanás” ou o “diabo” (v. 9, 10).[3] Dentre as cartas às igrejas do Apocalipse, a carta aos crentes de Esmirna é a primeira a referir-se a este inimigo. A partir daqui ele será bastante mencionado; nestas sete cartas ele é apontado seis vezes (v. 9, 10, duas vezes no v. 13, 24; 3.9).

O que isso tudo quer dizer? Conforme o livro de Apocalipse, a igreja é pressionada pela sociedade antiDeus, confundida por inimigos internos – por falsos mestres e falsos crentes – e atacada por forças satânicas.

Como é que entendemos uma igreja atribulada? Esta é uma pergunta importante porque instintivamente, ligamos tribulação a desfavor. Nós pensamos como os discípulos de Jesus em João 9.2: “Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?” Nós raciocinamos em termos de causa e efeito. Acreditamos em uma salvação – e até mesmo em uma providência – regulada por nossas boas obras. De certo modo alguns entre acreditamos em uma versão gospel da lei do carma. Abraçamos uma crença que é uma mistura de judaísmo do primeiro século, catolicismo romano e hinduísmo e nos ligamos mais nisso do que ao evangelho bíblico. Somos muito mais religiosos do que evangélicos.

Pensemos nos períodos difíceis da igreja. Há épocas em que muitas pessoas ficam doentes e aumenta o número de falecimentos. Pessoalmente, há períodos em que muitas coisas dão errado ao mesmo tempo. Sejamos sinceros: É possível que, lá no fundo, pensemos que isso é incomum, anormal, ou que haja alguma coisa errada. Quem sabe um pecado escondido, ou alguma coisa que faça Deus castigar a nós ou outras pessoas. Talvez já tenhamos sentido aquela vontade, lá no fundo, de mudar para uma igreja “mais abençoada”, onde os crentes sejam mais prósperos e saudáveis e, quem sabe, não morram.

Guardemos isso: Cristo disse que aquela igreja atribulada – e sobre a qual viria mais tribulação era “rica” (v. 9). A Bíblia diz que, antes de enxugar nossas lágrimas, Deus as registra: “Contaste os meus passos quando sofri perseguições; recolheste as minhas lágrimas no teu odre; não estão elas inscritas no teu livro?” (Sl 56.8). Paulo diz que nosso sofrimento produz riqueza espiritual – “perseverança”, “experiência” e “esperança” inconfundível (Rm 5.3-4). Tiago chega ao ponto de dizer que devemos nos alegrar quando passarmos “por várias provações” – a mesma palavra traduzida por “prova” em Apocalipse 2.10 – (Tg 1.2). Pedro afirma que devemos “exultar” ainda que “no presente, por breve tempo”, sejamos “contristados por várias provações” (1Pe 1.6).

Dito de outro modo, tribulação não é necessariamente sinal de desfavor. Cristo nos revela o ponto de vista divino sobre o sofrimento. O sofrimento e a morte existem para nos levar ao céu (Fp 1.21-23). Temos de morrer antes de entrarmos no Paraíso e Deus tem o dia determinado para que cada um de nós morra (Sl 139.16; Mt 10.29-31). Nenhum de nós permanecerá um dia a mais sequer neste mundo, mesmo se investir o restante de sua vida a jejuar e louvar ao Senhor Deus no topo de um monte. Esta é a verdade da Bíblia: Somos mortais: “acabam-se os nossos anos como um breve pensamento” (Sl 90.9).

O sofrimento e a morte existem para trazer o céu até nós. Eles nos fazem pensar na eternidade – refletir que a vida não consiste somente no aqui e agora e que há algo mais precioso do que dinheiro ou mesmo saúde. Deus é mais importante; a eternidade é mais importante. Daí as sábias palavras de Salomão:

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[2] Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, pois naquela se vê o fim de todos os homens; e os vivos que o tomem em consideração. […] [4] O coração dos sábios está na casa do luto, mas o dos insensatos, na casa da alegria (Ec 7.2, 4).

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O sofrimento e a morte nos capacitam a consolar os que sofrem. Paulo fala sobre isso em 2Coríntios 1.3-6. “Somos atribulados” para o “conforto e salvação” de outros (v. 6). Quem sofreu consola melhor. Quem perdeu um ente querido sabe o que dizer – e o que não dizer – ao enlutado. Um compositor cristão, Sérgio Pimenta, captou bem esse ensino. Em uma de suas músicas ele diz:

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Só quem sofreu pode avaliar quem sofreu;
Pode se identificar, pode ter o mesmo sentir.
Só quem sofreu tem palavras de puro mel;
Que transmitem todo calor para quem precisa de amor.[4]

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Resumindo: Esta carta soa estranha aos nossos ouvidos porque nos ensina que Jesus conhece nosso sofrimento e, para ele, nossa tribulação é verdadeira riqueza. Mas não é só isso. A carta de Cristo aos esmirnenses é incomum porque nela…

Jesus recomenda que suportemos o sofrimento sem medo

O sofrimento ia aumentar (v. 10). O diabo recebeu liberdade para prender alguns crentes. Eles seriam provados – a ARC traz “para que sejais tentados”. Aquilo ia durar um tempo que só era conhecido por Deus: “dez dias”. Pior: alguns deles morreriam.

O que eles deviam fazer? Eis três opções. Primeiro, eles podiam renegar a Deus. É o que fazem alguns. Constatam que há sofrimento no universo e decidem rejeitar ao Senhor. Argumentam que se Deus existisse não haveria sofrimento – e que, caso Deus exista e permita o sofrimento, não vale a pena crer nele, muito menos servi-lo.

Em segundo lugar, eles podiam diminuir Deus repudiando o sofrimento. Os que fazem isso dizem que creem em Deus, mas trata-se de um Deus limitado. Deus, dizem, só governa sobre o bem e não sobre o mal. Ele é o Criador da jabuticaba e não do jiló, ou seja, só nos dá coisas boas e nunca coisas desagradáveis ou ruins. O sofrimento, dizem, procede unicamente do pecado ou do diabo. Deus até nos vê sofrendo mas é “forçado” a aguardar nossa iniciativa; ele é refém de nossa fé; às vezes ele quer agir mas nós não cooperamos. Nossa determinação e vontade é que criam a realidade.

Sendo assim temos de evitar o sofrimento a todo custo. Precisamos orar decretando: “Eu não aceito este sofrimento; eu repreendo todo mal; eu me abençoo; eu determino sobre minha vida a unção de vitória e conquista!” Isso parece fé, mas é paganismo travestido de linguagem bíblica. Tal perspectiva desconsidera o que diz a Palavra de Deus:

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Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e a ligará (Os 6.1).
Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu o Senhor, faço todas estas coisas (Is 45.7).

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Em terceiro lugar, podemos glorificar a Deus no sofrimento. Como fazer isso? Sofrendo como crentes: “Se, entretanto, quando praticais o bem, sois igualmente afligidos e o suportais com paciência, isto é grato a Deus” (1Pe 2.20). Aguente meu filho, e aguente como um “fiel” – um crente digno de confiança. Faça isso até a morte e você vencerá – receberá a “coroa”. Esta é a palavra de Cristo aos irmãos de Esmirna e também a todos nós.

Sobre isso recomendo a leitura de um texto escrito por John Piper intitulado Não Desperdice o Seu Câncer.[5] Piper escreveu isso em 2006, antes de submeter-se a uma cirurgia para extrair um câncer de próstata. Ele propôs dez afirmações bíblicas sobre como lidar com o câncer aplicáveis a qualquer outra situação de doença ou tribulação (eis um resumo):

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  1. Você desperdiçará seu câncer [ou qualquer outra doença ou tribulação] caso não creia que isto foi planejado por Deus.
  2. Você desperdiçará seu câncer [ou qualquer outra doença ou tribulação] caso creia que ele é uma maldição, e não uma bênção.
  3. Você desperdiçará seu câncer [ou qualquer outra doença ou tribulação] caso procure conforto em suas chances em vez de procurá-lo em Deus.
  4. Você desperdiçará seu câncer [ou qualquer outra doença ou tribulação] caso se recuse a pensar na morte.
  5. Você desperdiçará seu câncer [ou qualquer outra doença ou tribulação] caso pense que “vencê-lo” significa sobreviver e não aproximar-se de Cristo.
  6. Você desperdiçará seu câncer [ou qualquer outra doença ou tribulação] caso gaste muito tempo lendo sobre o câncer e não o suficiente a respeito de Deus.
  7. Você desperdiçará seu câncer [ou qualquer outra doença ou tribulação] caso se isole em vez de aprofundar seus relacionamentos manifestando afeição.
  8. Você desperdiçará seu câncer [ou qualquer outra doença ou tribulação] caso se entristeça como quem não tem esperança.
  9. Você desperdiçará seu câncer [ou qualquer outra doença ou tribulação] caso trate o pecado tão normalmente quanto antes.
  10. Você desperdiçará seu câncer [ou qualquer outra doença ou tribulação] caso falhe em utilizá-lo como meio de testemunhar a verdade e a glória de Cristo.

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Enquanto durasse o sofrimento os crentes de Esmirna deviam crer: “Não temas”. Daí o caráter de teste; o sofrimento testa e fortalece a fé.

Que desafiadora esta carta de Cristo aos crentes de Esmirna! Nosso Senhor podia realizar um milagre semelhante à abertura do Mar Vermelho (Êx 14.15-24). Ele podia preservar os esmirnenses assim como fez com os amigos de Daniel, que não foram sequer chamuscados na fornalha do rei Nabucodonosor (Dn 3.1-30). Ele podia ainda enviar um anjo que os libertasse, assim como fez com os apóstolos em Atos 5.19. Ao invés disso, ele recomendou que eles suportassem o sofrimento sem medo – e até o fim. A partir deste ponto, em terceiro e último lugar…

Jesus nos incentiva com a promessa de vida eterna

Qual é o nosso incentivo para suportar o sofrimento e aceitar a morte? Tenhamos cuidado com a má interpretação do evangelho! Cuidado!

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  • O evangelho não promete riquezas aqui; ele promete “toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais” (Ef 1.3).
  • O evangelho não promete saúde plena aqui; ele aponta para um corpo ressurreto e espiritual: “Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder” (1Co 15.42-43).
  • O evangelho não promete uma sociedade transformada antes da vinda de Cristo: “Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça” (2Pe 3.13).
  • O evangelho não promete vida boa aqui: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33).
  • O evangelho promete vida eterna. A “segunda morte” é a eterna separação de Deus – a eternidade no “lago de fogo e enxofre” (Ap 20.14; 21.8). Os que pertencem a Cristo em hipótese alguma – “de nenhum modo” – sofrerão “dano da segunda morte”.
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    Eis o ponto: O que é eterno dura para sempre; o que é passageiro passa. Como afirmou Paulo, “os sofrimento do tempo presente” são muito pequenos se comparados à “glória a ser revelada em nós” (Rm 8.18). A Bíblia nos convoca a pensar nesta relação custo-benefício – este é, na verdade, o cálculo mais importante que alguém pode fazer! É uma grande tolice abraçar o que é passageiro e desprezar a vida eterna: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou causar dano a si mesmo?” (Lc 9.25).

    Esta carta de Cristo é consoladora! Podemos nos tranquilizar. Quando fecharmos nossos olhos neste mundo, os abriremos em seguida na glória. Se eu não chegar para pregar nesta noite estarei bem e o mesmo ocorrerá com você – se você tiver crido no Senhor Jesus; se você o tiver confessado como único e suficiente Senhor e Salvador de sua vida. Depois da morte estaremos com ele, protegidos de todo “dano” da “segunda morte”.

    Conclusão

    Quem promete isso fala do que experimentou. Nosso Senhor é “o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver” (v. 8). Não se trata de mera propaganda religiosa ou filosofia, mas do chamado do Cristo ressurreto.

    Se os diamantes são pedras pequenas de grande valor, podemos dizer que a carta de Cristo à igreja de Esmirna é um diamante de altíssimo quilate. Esta carta encerra, em poucas palavras, a identidade, missão e motivação dos discípulos de Cristo. Ela nos ensina, em poucas palavras, a olhar para Cristo com os pés no chão.

    Em que sentido nós olhamos pra Cristo? Fazemos isso pensando na eternidade, nas “coisas do alto” onde ele habita (Cl 3.1). Você está longe de Deus? Arrependa-se e creia no evangelho; deixe de olhar para as coisas terrenas e contemple o Senhor crucificado e ressurreto – entregue-se agora mesmo a Cristo, de todo o seu coração. Você já é crente? Vença as tentações olhando para o Redentor (Hb 12.2).

    Em que sentido nós devemos ter os pés no chão? Podemos enxergar a vida como ela é. Ainda que não compreendamos todas as coisas, sabemos que estamos nas mãos de Deus – e Deus dá sentido até ao sofrimento e à morte. Os que olham para Cristo com os pés no chão entendem melhor a igreja. Percebem que a igreja não é um lugar de sossego, um reduto de conforto intocado e paz imperturbável – descobrem que no seio da igreja há muita luta, sofrimento e imperfeição. A expressão bíblica que melhor descreve a igreja é “ovelhas no meio de lobos” (Mt 10.16; Lc 10.3; cf. Rm 8.35-37). A caminhada da igreja nunca foi nem será – até a glorificação – tranquila. Ela sempre lidará com problemas internos e externos; ela é “igreja militante” e fazer parte dela corresponde a batalhar até a volta de Cristo.

    Sendo assim, se alguém lhe disser que ser membro, frequentador e trabalhador na igreja é muito difícil, responda que é difícil mesmo, mas essa é a igreja real – os crentes descritos na Bíblia são os discípulos confusos em torno de Cristo, antes da ressurreição; os irmãos imperfeitos de Atos; os cristãos pecadores das cartas apostólicas; é a igreja sob fogo inimigo descrita no Apocalipse.

    Mais: Quem considera o sofrimento e a morte nos termos da carta de Cristo a Esmirna não desespera da vida. Percebe que tudo se encaixa em um propósito que traz benefícios (Rm 8.28). Por outro lado, só quem considera o sofrimento e a morte assim valoriza adequadamente os bons momentos da vida; recebe cada instante alegre como bênção a ser celebrada com gratidão sincera (Sl 103.2; Ef 5.18-20).

    Concluindo, quem considera o sofrimento e a morte nos termos desta carta de Cristo a Esmirna persevera até o fim e está pronto para morrer.

    Há cerca de dois mil anos atrás Satanás atacou aquela pequena igreja da Ásia. Aqueles crentes receberam uma carta ditada pelo próprio Cristo e escrita com a caligrafia do apóstolo João. Um jovem talvez de uns 12 anos de idade, chamado Policarpo, ouviu a leitura desta carta. Mais de sete décadas depois, a perseguição aumentou. Policarpo havia se tornado bispo da igreja e, já com idade avançada, foi amarrado a fim de ser queimado. Exigiram que ele renegasse a Cristo e ele respondeu: “Tenho servido o Senhor 86 anos e recebi somente o bem dele; como poderei agora amaldiçoar o meu rei?” E foi executado.[6]

    Policarpo compreendeu e guardou o ensino de Cristo à igreja de Esmirna. Nós também, hoje, precisamos compreender: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (v. 11). Temos ouvidos? Ouvimos o que o Espírito nos diz? Prestamos atenção na promessa bendita de Cristo? “Não temas as coisas que tens de sofrer. [Sereis] postos à prova, e tereis tribulação […]. Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida”.

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    Notas

    [1] Cf. BEASLEY-MURRAY, George R. Apocalipse. In: CARSON, D. A. et al. (Ed.). Comentário Bíblico Vida Nova. São Paulo: Vida Nova, 2009, p. 2137.

    [2] BEASLEY-MURRAY, op. cit., p. 2138.

    [3] O termo “Satanás” significa “aquele que se opõe” e “diabo” quer dizer “aquele que acusa”.

    [4] PIMENTA, Sérgio. Só Quem Sofreu. In: O Melhor de Sérgio Pimenta. São Paulo, [20–?]. 1 CD.

    [5] PIPER, John. Não Desperdice o Seu Câncer. Disponível em: http://www.monergismo.com/textos/sofrimento/desperdice_cancer_piper.htm. Acesso em: 08 out. 2011.

    [6] BEASLEY-MURRAY, op. cit., p. 2137.

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