Molhado e ardido

— por

Fui apresentado hoje à música Arde Outra Vez, de Thalles Roberto, um cantor evangélico cujas informações podem ser conferidas em seu site oficial (cf. http://www.thallesroberto.com.br/). Esta canção tem sido ouvida e elogiada até por celebridades da música baiana, e aclamada por alguns crentes. Uma página do YouTube registra os seguintes comentários (devidamente editados):

Linda é pouco; é extraordinária!
Isso é a coisa mais linda que eu já ouvi.
Essa música é a melhor música do mundo.
Mtmtmtmtmtmt boooooooooooooooooooooa essa musicaaa.

Eis a letra da música Arde Outra Vez

O homem fala

Eu não quero mais viver
Longe da Tua presença, meu Senhor
Hoje, quero voltar, voltar ao início de tudo
De quando eu era feliz
Sentia a Tua presença, caminhava ali, no seu jardim
Te encontrava todo dia

Mas me perdi, Senhor, no caminhar
Tentei andar sozinho na aventura
Dessa vida foi só ilusão
Confesso que andei perdido, sim,
Mas, hoje, eu Te devolvo um coração
Arrependido de tudo o que fez
Quero voltar, Senhor, para os Teus rios

Me molha, me lava, me ensina
Me inspira e Arde Outra Vez
No meu coração

Deus fala

“De braços abertos, quero Te receber
Filho, Eu estava esperando você
Você pra mim (Pra mim você) é tudo que Eu sonhei um dia
Eu te amo”…

A questão de músicos que não expressam bem o ensino da Bíblia

Confesso que Arde Outra Vez tem atrativos. A música é bem produzida, além de possuir sonoridade agradável, que remete ao timbre de voz e padrões melódicos de Seal e, ao mesmo tempo, de Kleber Lucas. Ademais, há um indiscutível (e desejável) foco devocional. O tema não deixa de ser bíblico e notadamente evangélico: uma pessoa reconhece que se afastou do caminho e se volta pra Deus com arrependimento e fé. Deus a acolhe festivamente (isso se encaixa perfeitamente com as três parábolas de Lucas 15.3-32). Esse mesmo tema tem sido cantado ao longo dos séculos, sendo mais do que pertinente para a adoração cristã.

Thalles Roberto se esforça para trabalhar esta temática. Analisando o resultado, porém, enxergo um bom músico com dificuldade de expressar-se biblicamente. Notem que eu não o critico levianamente; simplesmente verifico nele um sintoma da igreja atual, o desajuste entre Música e Teologia. Lutero, o músico, era Teólogo. Em Genebra, músicos profissionais produziram um hinário sob a supervisão de João Calvino. Atualmente há músicos que são convertidos e passam a produzir “música cristã” sem terem sido bem doutrinados. Daí, o que fazem, ainda que com boa intenção, não reflete com exatidão a verdade da Palavra de Deus.

Alguns problemas de Arde Outra Vez

Do ponto de vista da Bíblia, Arde Outra Vez não é “extraordinária”, nem “a melhor música do mundo”. De fato, temos de reconhecer que esta música apresenta um diálogo entre o adorador e o Espírito Santo de Deus (citado no início e no fim), sem qualquer alusão à pessoa e obra de Cristo. Tal lacuna é impressionante: Há uma referência ao “jardim”, à “perdição” e à “redenção”, sem qualquer menção de nosso Senhor Jesus Cristo. Como um não crente entende tais coisas? “Eu errei, buscarei a Deus e ele me dirá o quanto estava ansioso pra que eu fizesse isso”. Repetindo a lacuna: Não se fala sobre o Redentor e sobre a necessidade de reconciliação. Isso exigiria a apresentação de um “Deus irado” e, como veremos, o “deus” de Arde Outra Vez é “irado” em outro sentido (ele é o “deus” legalzão de um céu dançante).

De fato, Arde Outra Vez é imprópria para o cântico congregacional por ser uma música centrada no Homem (antropocêntrica). Ela inverte uma ideia elementar da adoração: adoração é o homem respondendo à Palavra de Deus, nos termos de Deus. Na música de Thalles Roberto, Deus é quem responde à palavra do adorador; de fato, Deus canta ao homem. Do ponto de vista da prática sadia de culto, isso é, no mínimo constrangedor. Mas isso seria ainda contornável, tendo em vista que, em alguns Salmos, misturam-se as falas do homem e de Deus. Em Salmos 91, por exemplo, o homem fala a Deus nos v. 1-2, e Deus fala ao homem, nos v. 14-15. O desconforto antropocêntrico de Arde Outra Vez encontra-se no teor da fala divina: “Você pra mim (pra mim você) é tudo que eu sonhei um dia”. Eu sou tudo pra Deus; Deus sonhou comigo. Dito de outro modo, eu estou no centro dos desejos de Deus. Tal linguagem imprecisa, adequada ao trato romântico humano, não cabe quando se trata da relação de Deus para com o homem. Talvez Thalles Roberto sequer imagine que seu fraseado desconsidera um ensino bíblico fundamental: o Deus soberano não sonha, mas decreta e faz (Is 46.10-11).

Outro detalhe é digno de atenção. Trata-se do modo de execução da música. A parte que contém a fala humana é suave, sugere devoção e termina com um silêncio solene. A fala de Deus é festiva e irreverente; o “deus” que se revela em Arde Outra Vez é dançante e, em determinado, se expressa com fonemas “fofos” (pra mim você é tudo, tudo, ô tudo-diúdo-diúdo-diúdo-diúdo-ê-ê…). Depois de “deus” falar em meio ao ambiente de rave, eis novo silêncio seguido de melodia calma, quando novamente fala o homem. Eu não tenho dificuldade com música dançante. O problema é com a ideia de um Deus “fofinho e dançante”. Já escrevi sobre isso em um post anterior. Não há uma base bíblica sólida e saudável para concebermos isso. Nesses termos, Arde Outra Vez erra porque não produz, no adorador, um senso de temor e reverência a Deus. O “deus” apresentado em Arde Outra Vez é muito mais um DJ do que o Criador, Redentor e Juiz do cosmos.

Por fim, impressiona a falta de racionalidade das letras de determinadas músicas evangélicas contemporâneas. Eu não estou dizendo que a composição musical cristã deva ser racionalista, ou desprezar a linguagem afetiva ou poética que implica no uso de analogias e outros recursos imaginativos próprios da Arte. Digo apenas que a música cristã deve ser distintiva no sentido de, aos não crentes, apresentar uma mensagem clara do evangelho e, aos crentes, apresentar uma mensagem clara de testemunho e edificação.

Nesses termos, o coro de Arde Outra Vez é um disparate: “Me molha, me lava, me ensina | Me inspira e Arde Outra Vez | No meu coração”. Na última repetição, ouvimos “e Arde Outra Vez com fogo, com fogo, me molha, me lava”. Pra finalizar, há uma referência alegórica à glória da “segunda casa” (uma provável alusão à Ag 2.9) e uma palavra dirigida ao Espírito Santo de Deus. Uma mescla disparatada de ideias; termos amontoados sem pé nem cabeça. Alguns podem chamar isso de “linguagem de adoração”, mas, no fundo, isso não passa de letra teologicamente pobre. O crente termina de cantar molhado e ardido, mas nem um pouco bíblica e solidamente edificado.

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Respostas

  1. Avatar de Josias Emerique de Cerqueira
    Josias Emerique de Cerqueira

    Olá meu caro Misael;
    Quem sabe opina com razão, não fica molhado e nem ardido. Graças a Deus. Abraços.

    1. Avatar de Misael
      Misael

      Querido Josias;
      É bom tê-lo por aqui. Como sempre, um mestre das palavras. Transmita meu abraço à Clice.

  2. Avatar de Renato Ribeiro
    Renato Ribeiro

    Obrigado pela reflexão sábia e pertinente, Misael.
    Estava pensando nisso sobre esta e outras músicas há um tempo.
    Obrigado.
    Abrs.

    1. Avatar de Misael
      Misael

      Oi Renato;
      Que bom. Escrevi esperando ser útil aos nossos adolescentes e jovens.

  3. Avatar de Ricardo Santana
    Ricardo Santana

    Olá Misael,

    De fato, tais músicas representam aquela superficialidade teológica e doutrinária inerente à vida da maioria dos crentes. Com um quebracabeça, muitos tentam juntar as peças sem considerar o “lugar” que cada peça deve ocupar a fim de formar o desenho!
    Nisto, vemos músicas desconexadas, “soltas”, com linguagens evangélicas que nem mesmo os do meio têm dificuldade de entender.
    Que Deus nos ajude!

    Abraços fraternos.

    1. Avatar de Misael
      Misael

      Grande Ricardo; é isso mesmo. Obrigado pela contribuição. Abs.

  4. Avatar de Israel Faria
    Israel Faria

    Oi Rev. Misael, como vai?
    A pergunta que faço é depois de uma acalorada, acalorada mesmo discussão com minha esposa. Deus recebe ou não recebe como adoração esta e outras músicas (mesmo com as incoerências teológicas)?
    Muitos têm dito que somos livres para adorar a Deus. Quando nós, pastores, fazemos alguma crítica a uma letra de música, somos tachados de sabichões; dizem que nos achamos bons demais, que queremos as coisas certinhas demais, que o Deus que eles servem não é diferente de nosso e que queremos as pessoas como marionetes. Minha pergunta é: “É ruim lutar por aquilo que é certo?”
    O que tenho visto é: Nós nos desgastamos procurando ensinar o que a Palavra de Deus diz, e no final de tudo as pessoas dizem: “Mas não é assim que eu penso”. Então por que subimos até os púlpitos? Se as pessoas dizem que em seus anos de crente não foi assim que aprenderam, não é assim que elas entendem a Bíblia, principalmente com relação as questões voltadas à adoração? Se somos tachados de sabichões, e se as pessoas não concordarão, por que ensinamos? Parece que, de acordo com alguns, é melhor que não haja pastores nas igrejas; é melhor que cada um vá até o púlpito e fale o que pensa e como interpreta determinada passagem ou determinado assunto.

    1. Avatar de Misael
      Misael

      Prezado Rev. Israel.
      Seus questionamentos são pertinentes. Creio que todo pastor zeloso enfrenta essas situações.
      Minha convicção é que Deus não recebe adoração que não esteja baseada na verdade da Escritura. Esta é a diferença entre os verdadeiros e os falsos adoradores. Os primeiros cultuam segundo a sã doutrina; os últimos, segundo os enganos de seus próprios corações e sugestões de Satanás.
      Nós fomos libertos por Cristo para louvar a Deus de acordo com as orientações de sua Palavra. Não se trata de liberdade libertária, mas de liberdade para a obediência. E cabe a nós, pastores, conduzir a liturgia e ensinar ao povo de Deus como cultuar. Esta é, de fato, uma atribuição exclusiva do pastor da igreja, e implica na escolha de qual música ou hino deve ser cantada em cada culto ou atividade. Isso pode ser impopular, mas é nosso trabalho. Se sofrermos oposição por isso, não importa. Nossos olhos estão fixos em nosso Redentor; a ele (e somente a ele) é que prestaremos contas.

  5. Avatar de Ivonete Porto
    Ivonete Porto

    Huaahauahu! Achei esse post muito engraçado, alem de bíblico e esclarecedor. O Thales era crente e depois virou um dos backing vocal do Jota Quest e se desviou. Fomos a um show dele aqui em São Luís (Allen gosta muito da voz dele), quando ele contou essa história. Acho que essa música tem a ver com esse fato da vida dele. Enfim, pelo que ele falou no show deu pra perceber que a teologia dele é confusa. Mas ele tem um cd chamado “raízes”só de hinos e cânticos antigos muito bom. Daí dá pra curtir a musicalidade e voz dele com segurança doutrinária.
    Ele canta essa música que eu acho linda, linda:
    http://www.youtube.com/watch?v=A4VpGs7t2zE

    1. Avatar de Misael
      Misael

      Hoje, em viagem a São Paulo, o Seminarista Thiago me disse que gosta do Thales e conhece outros trabalhos dele que são bons e recomendáveis. Ele disse ainda que algumas de suas músicas têm, de fato, essa característica intimista (ele dialogando com Deus) e que isso nem sempre reflete uma teologia exata. Seu comentário confirma isso. Buscarei conhecer melhor a obra deste músico.

  6. Avatar de Ricardo Santana
    Ricardo Santana

    Olá Misael,

    Lembrei-me à tarde deste teu post. Com certeza, pertinente e esclarecedor.
    Entretanto, pensando sobre este zelo que devemos ter com respeito às músicas “cristãs” que cantamos e/ou ouvimos, intrigou-me o fato de que conheço muitos cristãos, na sua maioria conhecedor de boa doutrina, que ouvem música “não-cristã”* sem a mesma percepção quanto àquelas “cristãs”*.
    Não é, de alguma forma, incoerente “coar-se o mosquito” das músicas “cristãs” enquanto “engole-se o camelo” das não-cristãs?

    P.S.: *Uso tais termos apenas para distinguir o que desejo que entenda.

    Fica na Paz.

    1. Avatar de Misael
      Misael

      Oi Ricardo;

      Você está certo. O fato é que, como cristãos, devemos interpretar todas as coisas dentro da moldura de uma visão cristã da realidade (cosmovisão). Tudo o que é incompatível com a verdade deve ser avaliado. Temos de lidar com as questões culturais sob o prisma triplo da criação, queda e redenção. Algumas coisas podem ser redimidas enquanto outras deverão ser, simplesmente, rejeitadas pelos cristãos.

      1. Avatar de Ricardo Santana
        Ricardo Santana

        Oi Misael,

        Como faço para aparecer minha foto ao lado dos meus comentários??

        Ricardo

        1. Avatar de Misael
          Misael

          Oi Ricardo;
          Você precisa pubblicar sua foto no Gravatar. Depois que fizer isso, cada vez que postar qualquer conteúdo em um site que uso o serviço Gravatar, sua foto aparecerá automaticamente. Eis o link para publicação de sua foto:

          http://en.gravatar.com/

          Abs.

          1. Avatar de Ricardo Santana
            Ricardo Santana

            Olá Misael,

            Depois de “apanhar” um pouquinho, consegui colocar a foto.
            Obrigado Misael.

            Ricardo

          2. Avatar de Misael
            Misael

            Que bom que deu certo. Abs.

  7. Avatar de Manoel
    Manoel

    Bom dia Misael.

    Agradeço-te por ter postado palavras tão esclarecedoras sobre esta música. Seu comentário é muito ensinativo e coerente. Louvo a Deus por sua vida.

    Graça e Paz.

    Manoel dos Reis Nunes Ribeiro

    1. Avatar de Misael
      Misael

      Prezado Manoel; que bom que você achou útil. Fique na paz.

  8. Avatar de Aline Gomes
    Aline Gomes

    Reverendo,
    o site novo está muito lindo, clean!
    Realmente me incomodava com os termos “me molha..etc”, mas não tinha pensado em todas estas questões, que de fato fazem sentido.
    Tenho visto muito suas postagens, e me falaram que o senhor gosta de palavrantiga, acho que seria bom mostrar isso também em seu site 🙂
    Abraços!

    1. Avatar de Misael
      Misael

      Oi Aline; me alegro que tenha gostado do novo site (e do post também). Espero que você continue retornando. Abs.

  9. Avatar de Lucineide
    Lucineide

    Ola, pastor , estou tentando ler sobre namora entre pessoa evangélica com não evangélico, mas não estou conseguindo… poderia me ajuda por favor… Obrigado

    Lucineide…

    1. Avatar de Misael
      Misael

      Oi Neide; aquela matéria foi apagada. Vou publicar novamente amanhã.

      1. Avatar de Misael
        Misael

        Já publiquei novamente o post sobre namoro e casamento com pessoas de fora da igreja.

  10. Avatar de João
    João

    Interessante os fariseus… interessante a Graça… interessante a mulher pecadora… interessante o amor… interessante o perdão de pecados… interessante a Graça…

    1. Avatar de Misael
      Misael

      Olá João;
      Interessante você, enigmático João. Interessante Jesus que liberta como e pela verdade (Jo 8.32); interessante a graça firmada na promessa da Escritura e não em noções meramente humanas (Gl 1.8); interessante o culto conforme as prescrições divinas, onde o que se canta corresponde à sã doutrina (Êx 20.1-6); interessantes os crentes de Bereia (At 17.10-11) que comparavam tudo à revelação bíblica; interessante o gracioso, amoroso e perdoador apóstolo João, que nos orientou a sequer no sentarmos com aqueles que, dizendo-se irmãos, sustentam uma concepção equivocada de Deus e influenciam outros a errar (2Jo 7-11). Interessantes os evangélicos atuais pós-modernos que, sob a égide da graça, consideram deselegante prevenir a igreja (At 20.28-32; 2Tm 4.1-5). Interessante a ideologia do politicamente correto, que rotula qualquer crítica honesta como farisaísmo (apego desmedido a leis), ausência de graça e de amor.
      Interessante mesmo.

      1. Avatar de Manassés
        Manassés

        Interessante as pessoas acharem que sob o pretexto de louvar a Deus,podem cantar ou falar o que vier
        à cabeça pra Deus…
        Deus é Pai…ok…
        Mas nao é seu “coleguinha” da escola ou do trabalho,louvar a Deus tbem exige reverencia,concordancia com a Palavra (e de palavras),e sobre tudo inspiraçao vinda do Espirito,pois se tal estivesse presente,com certeza essa materia nao existiria… como diz o ditado, “boca fechada nao entra mosquito” e o melhor, NAO SAI…
        Quem fala (ou canta) o que quiser agora,,,vai dar bom dia a cavalos no ultimo dia…

        Manassés

        1. Avatar de Misael
          Misael

          Caro Manassés;

          Suas observações são pertinentes.

          Grande abraço. Fique na paz do Senhor.

  11. Avatar de Thiago Almeida
    Thiago Almeida

    Olá, Pastor!

    Muito bom o post!
    O senhor tem indicação de livro(s) sobre louvor/adoração?

    Fique na Paz!

    1. Avatar de Misael
      Misael

      Olá Thiago;

      Eis uma sugestão de referências que considero muito úteis:

      HUSTAD, Donald. Jubilate! A música na igreja. São Paulo: Vida Nova, 1986.
      AGOSTINHO. Confissões. 20. ed. Reimp. 2008. São Paulo: Paulus, 1984.
      ALLEN, Ronald; BORROR, Gordon. Teologia da adoração. São Paulo: Edições Vida Nova, 2002.
      ANGLADA, Paulo. O princípio regulador no culto. São Paulo: PES, [199-?].
      BRIGHT, apud TASSIN, Claude. O judaísmo do exílio ao tempo de Jesus. São Paulo: Paulinas, 1988. (Série Cadernos Bíblicos – 46).
      CALVINO, João. Comentário à Sagrada Escritura: Exposição de Hebreus. São Paulo: Paracletos, 1997. [Para entender sobre como o culto cristocêntrico torna desnecessárias algumas observâncias do culto do AT]
      __________. Comentário à Sagrada Escritura: Efésios. São Paulo: Paracletos, 1998. [Para entender os salmos, hinos e cânticos espirituais]
      __________. Commentary on the Gospel according to John. In: The Ages Digital Library. Albany: AGES Software, 1998. (Books For The Ages). [Para entender adoração em espírito e em verdade]
      __________. Commentary on the Epistle to the Colossians. In: The Ages Digital Library. Albany: AGES Software, 1998. (Books For The Ages). [Para entender os salmos, hinos e cânticos espirituais]
      __________. Comentário à Sagrada Escritura: O livro dos Salmos. São Paulo: Paracletos, 1999. v. 2. [Para entender corretamente Salmos 150.4]
      __________. As Institutas: edição clássica. 2. ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2006. v. 1.
      __________. As Institutas: edição clássica. 2. ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2006. v. 2.
      __________. As Institutas: edição clássica. 2. ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2006. v. 3.
      CHAPELL, Bryan. Christ-centered worship: Letting the gospel shape our practice. Grand Rapids: Baker Academic, 2009.
      COATES, R. J. Sacerdotes e levitas. In: DOUGLAS, J. D. (Ed.). O novo dicionário da Bíblia. 1. ed. Reimp. 1986. São Paulo: Vida Nova, 1962, p. 1425-1434. v. 2.
      COMISSÃO ESPECIAL SOBRE LITURGIA. Carta pastoral e teológica sobre liturgia na IPB: Aprovada pelo Supremo Concílio em sua reunião extraordinária de novembro de 2010. São Paulo: Cultura Cristã, 2010.
      COSTA, Hermisten M. P. Princípios bíblicos de adoração cristã. São Paulo: Cultura Cristã, 2009.
      COSTA, Hermisten Maia Pereira da. O culto cristão na perspectiva de João Calvino. In: Fides Reformata, v. VIII, n. 2 (2003), p. 73-104.
      DANIEL-ROPS, Henri. A vida diária nos tempos de Jesus. 3. ed. rev. São Paulo: Vida Nova, 2008.
      DI SANTE, Carmine. Liturgia judaica: Fontes, estrutura, orações e festas. São Paulo: Paulus, 2004.
      FRAME, John. Em espírito e em verdade. São Paulo: Cultura Cristã, 2006.
      HARMAN, Allan. Comentário do Antigo Testamento: Salmos. São Paulo: Cultura Cristã, 2011.
      HURTADO, Larry W. As origens da adoração cristã. O caráter da adoração no ambiente da igreja primitiva. São Paulo: Vida Nova, 2011.
      JUNGMANN, Josef Andreas. Missarum sollemnia: Origens, liturgia, história e teologia da missa romana. 5. ed. corr. São Paulo: Paulus, 2008.
      KAUFLIN, Bob. Curso Vida Nova de teologia básica: Louvor e adoração. São Paulo: Vida Nova, 2011.
      KIRST, Nelson. Nossa liturgia: Das origens até hoje. 3. ed. Revista e atualizada. São Leopoldo: Sinodal, 2003. (Série Colmeia).
      LEWIS, C. S. Oração: Cartas a Malcolm: Reflexões sobre o diálogo íntimo entre homem e Deus. São Paulo: Vida, 2009.
      LOPES, Augustus Nicodemus. Salmo 150: Dançando no santuário? São Paulo: O Tempora O Mores, 2009. Disponível em: [http://tempora-mores.blogspot.com/2009/08/salmo-150-dancando-no-santuario.html]. Acesso em: 03 jun. 2011.
      MARTIN-ACHARD, R. Culto. In: VON ALLMEN. J. J. (Org.). Vocabulário bíblico. 2. ed. São Paulo: ASTE, 1972, p. 81-84.
      MARTIN, Ralph P. Adoração na igreja primitiva. 2. ed. São Paulo: Vida Nova, 2012.
      MARTIN, Ralph P. Culto, Adoração. In: HAWTHORNE, Gerald F.; MARTIN, Ralph P.; REID, Daniel G. Dicionário de Paulo e suas cartas. São Paulo: Vida Nova, Paulus, Loyola, 2008, p. 361-372.
      MÓDOLO, Parcival. “Impressão” ou “expressão”: O papel da música na missa romana medieval e no culto reformado. In: Teologia para vida, v. I, n. 1 (jan./jun. 2005), p. 109-128.
      SAN ANTONIO VOCAL ARTS ENSEMBLE – SAVAE. Rediscovering music & chant of Middle Eastern spirituality [Redescobrindo a música e o canto da espiritualidade da Idade Média]. Disponível em: [http://www.savae.org/echoes1.html]. Acesso em: 4 abr. 2012.
      SANTOS, Jonathan F. O Culto no Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1986.
      SCHWERTLEY, Brian. The teaching of Jesus on worship. Disponível em: [http://www.reformedonline.com/view/reformedonline/The%20Teaching%20of%20Jesus%20on%20Worship.htm]. Acesso em: 10 abr. 2012.
      STIGERS, H. G. Templo de Jerusalém. In: TENNEY, Merrill C. (Org.). Enciclopédia da Bíblia Cultura Cristã. São Paulo: Cultura Cristã, 2008, p. 776-816. v. 5, Q – Z.
      VON ALLMEN, J. J. O culto cristão: Teologia e prática. 2. ed. São Paulo: ASTE, 2005.
      WHITE, James F. A brief history of christian worship. Nashville: Abingdon Press, 1993.
      WOLF, H. H. Danças. In: TENNEY, Merrill C. (Org.). Enciclopédia da Bíblia Cultura Cristã. São Paulo: Cultura Cristã, 2008, p. 24-25. v. 2, D – G.

      1. Avatar de Thiago Almeida
        Thiago Almeida

        Uau!
        Obrigado, pastor!
        Fique na Paz!

        1. Avatar de Misael
          Misael

          Eheh. Grande abraço Thiago.

          1. Avatar de Rafael Albuquerque
            Rafael Albuquerque

            Paz pastor.
            A questão da música Arde Outra Vez é simplesmente uma reação do que Deus vez na vida de Thalles Roberto. Não é por isso que ninguém pode acusar ou discriminar letras de músicas ou pessoas.
            Não adianta usar a Teologia. Isso tudo não passa de uma grande Religiosidade é isso é pecado.
            Deus pode falar o que é certo ou errado, pois por isso vejo que Deus sempre vai nos esperar de braços abertos para nos lavar de todo pecado. Arde o nosso coração [por] novamente.
            Fica com Deus.

          2. Avatar de Misael
            Misael

            Oi Rafael;
            Se eu entendi bem, você está afirmando que esta música descreve uma experiência pessoal do artista com Deus. Em seguida, me parece que você entende que, por se tratar de uma experiência pessoal, ninguém pode analisar objetivamente a letra da música, muito menos criticá-la. Por fim, você diz que a Teologia não é útil para a vida cristã; aliás, eu entendi que, de acordo com seu entendimento, usar a Teologia é “Religiosidade” e isso corresponde a pecado.
            Sem querer, você resumiu o que se passa no meio evangélico atual: O apego à experiência e a desconsideração da verdade bíblica objetiva organizada em um sistema de ideias (Teologia).
            Teologia é o estudo de Deus. Estudar o ser divino, e o modo como ele se relaciona conosco é mera “religiosidade” e pecado?
            A Teologia estuda e apreende a “Verdade” (aletheia), a realidade das coisas, aquilo que é consistente com a Bíblia, aquilo que é ortodoxo e se opõe à mentira. Sendo assim, a sã Teologia desmascara os falsos profetas e todo erro. Ela faz isso porque a Bíblia diz que a mentira procede do Diabo e a verdade, de Deus (Jo 8.44-45). Portanto, a igreja deve analisar tudo (todo os ensinos em suas variadas formas, em formato de aulas, cursos, devocionais, pregações e, inclusive, a arte), rejeitando o que não é bíblico. Lembremo-nos do bom exemplo dos crentes de Bereia (Atos 17.10-11; cf. 1Ts 5.21-22).
            A geração atual pode dar pulinhos “ardentes” o quanto quiser, pode crer em um Deus do tipo Papai Noel que abraça a todos e perdoa a todos, até mesmo os hereges. O problema é que quem assume uma fé descolada da Bíblia, quem não rejeita o erro e se apega à Verdade, vai “arder” eternamente. Deus nos livre disso.

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