Uma espiritualidade realista

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A espiritualidade autêntica repousa na graça de Deus. Não temos como negar a nossa humanidade. Analisando a Escritura, observamos os homens vivendo como homens. Santos nada mais são do que homens “separados” por Deus. Continuam pertencentes à raça de Adão, com todas as suas fraquezas, limitações e angústias. Crentes são de carne e osso. Sentem fome e sede. Sonham e se entristecem, alegram-se e choram.

“Graça” é o favor imerecido que concentra o que somos e fazemos — coisas boas e más — e aplica sobre tudo isso a obra e Cristo. Somos, pela graça, levados à cruz e deixados lá, aos pés do Crucificado. Nessa posição, recebemos a justiça do Salvador. É o Espírito, por graça, que nos une a Cristo em sua ressurreição, onde encontramos vitória.

Mas observem: É tudo por graça. Nada de méritos pessoais. É comum ouvirmos pessoas orando dizendo: “Concede-me isso, ó Senhor, segundo os meus merecimentos”. Isso é típico de quem não conhece a graça.

Por não descansar em Cristo, muitos se afundam num atoleiro de culpa, ou de ativismo, pensando em agradar a Deus com suas “boas obras”. Pensam em trabalhar para Deus “para serem aceitos”. Os que conhecem ao Senhor, porém, trabalham “porque já foram aceitos por graça”. A diferença entre essas posturas é tremenda.

Outros assumem uma espiritualidade de penitências, jejuns e vigílias, experiências sobrenaturais, picos emocionais e outras “engenhocas santas” da religião. Isso confunde os filhos de Deus, que questionam: “Será que eu sou crente mesmo? Quando me comparo com esse irmão que ora 25 horas por dia e exala poder pelo nariz, vejo que eu não sou ninguém!”

Precisamos assumir uma espiritualidade realista. E isso significa um estilo de vida que seja santo e humano. Como fazer isso? Veremos no próximo post.

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